O Ministério Público Eleitoral encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta-feira, 11, um parecer contrário à ação movida pela viúva de Levy Fidelix, que pede a destituição do atual presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, e pode derrubar a candidatura de Pablo Marçal (foto) a prefeito de São Paulo, publicou O Globo.

No parecer, o vice-procurador-geral eleitoral Alexandre Espinosa afirmou que as provas reunidas por Aldineia Fidelix não são suficientes para comprovar que houve um acordo entre Levy Fidelix e Leonardo Avalanche.

Segundo a autora da ação, Avalanche havia se comprometido a dar a ela a vice-presidência do partido, além do poder de indicar 20 cargos no Diretório Nacional do PRTB.

Como provas, a viúva apresentou uma foto dela ao lado de Avalanche e uma carta manuscrita, assinada pelo dirigente, concedendo a nomeação de integrantes da chapa derrotada para a cúpula da sigla.

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Provas insuficientes

Para Alexandre Espinosa, as aprovas apresentadas pela viúva são “insuficientes para demonstrar a efetivação do alegado acordo”.

“Não é possível assentar que uma ‘alegada’ composição e uma ‘possibilidade’ de oferecimento de cargos possa ser compreendida, a falta de maiores evidências probatórias, como um efetivo acordo de distribuição de cargos na forma cogitada pela requerente”, disse vice-procurador-geral eleitoral.

“Sequer consta nos autos o referido acordo manuscrito supostamente entabulado [firmado] pelas partes, mas tão somente uma fotografia desse documento – cujo teor é refutado pelo requerido Leonardo de Araújo [Avalanche]”, acrescentou.

Com o parecer do MPE, o processo retorna para o gabinete da presidente do TSE e relatora da ação, ministra Cármen Lúcia.

Como a disputa entre a viúva de Levy Fidelix e Leonardo Avalanche afeta Marçal?

O ex-coach Pablo Marçal não foi citado na ação, mas ele pode sofrer um efeito cascata caso Cármem Lúcia dê ganho de causa a Aldineia Fidelix.

A viúva de Levy Fidelix pede a anulação de todos os atos de Leonardo Avalanche que teriam desrespeitado o acordo, incluindo a comissão provisória que validou a candidatura de Marçal em São Paulo.

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