MP quer que TCU investigue contratos de ex-funkeira com Exército
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) pediu, nesta terça-feira (10), que a corte analise a atuação da empresa ABBA Serviços de Manutenção e Comércio em Geral, de propriedade da cantora Mc Brunninha (foto)...
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) pediu, nesta terça-feira (10), que a corte analise a atuação da empresa ABBA Serviços de Manutenção e Comércio em Geral, de propriedade da cantora Mc Brunninha (foto). Casada com um militar que chefia a seção de Aquisições, Licitações e Contratos do Exército Brasileiro, o MP aponta indícios de ocorrência de direcionamento de licitação envolvendo a corporação militar.
A denúncia pede que o TCU analise uma reportagem do site The Intercept Brasil construída com dados do portal da Transparência. Nelas, se enxerga que, em pouco mais de quatro anos, a ABBA ganhou R$ 856 mil em licitações. Mais de 90% deste valor, ou R$ 769,3 mil, vieram do Comando do Exército – onde Hyago Lopes, o marido de Brunninha, atuava.
Hyago é, hoje, assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ; foto). O general era o responsável por atuar na área de logística da força terrestre, antes de se enveredar para a política pelo cargo de ministro da Saúde. Brunninha, que fez fama como cantora de funk no início da carreira, tirou o “MC” de sua apresentação artística e hoje se apresenta como cantora gospel.
“A matéria instigante deixa em dúvida se as referidas contratações ocorreram em respeito às normas legais e constitucionais ou se tratou de um benefício aos aliados, em especial à esposa do ex-chefe da Seção de Aquisições, Licitações e Contratos, agora assessor do deputado federal Eduardo Pazuello.”, argumenta o subprocurador-geral Lucas Furtado, o responsável pela atuação do MP na Corte de Contas. “Inadmissível aceitar que critérios subjetivos tenham sido considerados na escolha dos vencedores da licitação. Há de se perceber que a necessidade da Administração deve ser perquirida sempre, e não as necessidades pessoais.“
O pedido foi encaminhado ao ministro Bruno Dantas, que preside o TCU.
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