Morte de criança em obra ilegal da prefeitura gera revolta
Menino de 7 anos morre soterrado em obra ilegal da prefeitura. A administração está sob investigação pela justiça.
Lucas brincava com amigos em um barreiro, local usado para extração de areia, no bairro Ipepaconha, em Tarauacá, quando foi soterrado. A criança foi resgatada com vida pelos bombeiros, mas infelizmente não resistiu e veio a óbito na sala de emergência do hospital da cidade.
O trágico acidente trouxe à tona informações preocupantes. A área do acidente era administrada pela prefeitura da cidade, na figura da prefeita Maria Lucinéia Nery, e seu secretário de obras. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público do Acre por prática de extração ilegal de areia no local.
Bombeiros e populares unem forças, mas não conseguem salvar criança
Em um momento desesperador, registrado por um morador local, é possível ver bombeiros e populares trabalhando juntos para tentar retirar Lucas debaixo de um bloco de terra. Infelizmente, mesmo com todo o esforço, a situação era extremamente delicada. Parte do corpo da criança estava soterrada por um bloco de barro rígido, que dificultava a operação de resgate.
Apesar das dificuldades, Lucas foi retirado do local e, naquele instante, ainda apresentava sinais vitais mínimos. Encaminhado com urgência ao hospital da cidade, a criança não resistiu. As causas da morte de Lucas ainda estão sendo apuradas, mas a equipe médica não descarta a possibilidade de trauma na cervical, trauma por esmagamento do tórax ou asfixia por esmagamento.
À espera de respostas e justiça
Após a tragédia, o secretário de Obras do município, Rosenir Arcênio, informou que o terreno é de propriedade do Exército Brasileiro e era usado pela prefeitura para extração de areia e terra em obras da cidade. Considerado de baixo risco, o local não tinha sinalização adequada, mas a situação deve mudar após a tragédia.
Nesse cenário de tristeza e revolta, a prefeita Maria Lucinéia expressou suas condolências aos pais de Lucas em postagem nas redes sociais, lamentando o ocorrido. A tragédia, no entanto, joga luz sobre a necessidade de maior responsabilidade e fiscalização em áreas de exploração e construção civil, para que outros acidentes semelhantes sejam evitados.
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