Moraes rejeita pedido de Zambelli para visitar presas do 8 de janeiro
Ministro vê conexão entre o 8 de janeiro com o inquérito das fake news, no qual a deputada está sendo investigada
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL) para visitar mulheres presas nos atos de vandalismo à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.
Na decisão, Moraes apontou relação entre o 8 de janeiro ao inquérito das fake news, no qual Zambelli uma das investigadas.
“Considerando que o objeto do presente procedimento investigativo tem conexão ao objeto do Inq. 4.781/DF, bem como o fato de a Deputada Federal Carla Zambelli figurar como ré em uma ação penal perante esta Suprema Corte, indefiro o pedido feito pela Deputada Federal Carla Zambelli.”
Na semana passada, a deputada enviou uma solicitação Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) para ir ao encontro das presas e o órgão encaminhou o pedido ao STF.
Processo do CNJ
No despacho, Moraes lembrou o processo em que Zambelli se tornou ré pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que fabricou um mandado de prisão falso contra o próprio ministro.
em 4 de janeiro de 2023, Walter Delgatti inseriu documentos falsos no sistema do CNJ, como um mandado de prisão contra Moraes.
Na votação da Primeira Turma do STF concluída nesta terça, o ministro afirmou que a fabricação da ordem de prisão foi uma “burrice”. Já Cármen Lúcia a descreveu como “desinteligência natural”
Preso em agosto, Delgatti confessou a invasão, acusando Zambelli de ser a mandante. À PF, o hacker afirmou ter recebido 40 mil reais pelos serviços.
Documentos falsos encontrados
Segundo os investigadores, foram encontrados quatro documentos falsos nos equipamentos pessoais da Deputada.
Dentre eles, está a falsa ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, além de ordens de quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens do ministro.
As ordens foram supostamente geradas no computador do hacker e baixadas no dispositivo de Zambelli.
O mandado de prisão contra Moraes foi utilizada para questionar a integridade do processo eleitoral conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro.
Zambelli nega sua participação, afirmando que seu relacionamento com Delgatti se resumia à contratação de seus serviços em 2022 para gerenciar seu site e redes sociais.
O hacker, por sua vez, relatou que Zambelli foi quem elaborou o texto da falsa ordem de prisão, que começava chamando Moraes de “Deus do Olimpo” e terminava com o slogan da campanha de presidente Lula: “Faz o L”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)