Moraes prorroga inquérito das milícias digitais pela 10ª vez
Entre os procedimentos abertos nesse inquérito estão aqueles que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliados e apoiadores
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 180 dias o inquérito das milícias digitais. Essa é a décima vez que o prazo para as apurações é estendido.
No documento o ministro alega que a decisão foi tomada “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes”.
O inquérito foi instaurado a partir de indícios e provas da existência de uma organização criminosa, de forte atuação digital, que se articularia em núcleos político, de produção, de publicação e de financiamento, com a finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito no país.
Entre os procedimentos abertos nesse inquérito estão aqueles que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliados e apoiadores.
Moraes derrubou nesta sexta-feira, 15, o sigilo dos depoimentos de militares e civis ouvidos no inquérito que apura a participação de Jair Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado.
No despacho, o magistrado diz que a decisão foi tomada “diante de inúmeras publicações jornalísticas com informações incompletas sobre os depoimentos prestados à autoridade policial”.
Um dos depoimentos que perderam o sigilo foi o do ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior, que confirmou à PF que o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, ameaçou prender Bolsonaro caso ele colocasse em prática um golpe de Estado.
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