Moraes nega pedidos para soltar generais
Walter Braga Netto e Mário Fernandes vão continuar presos, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal; defesa de ex-ministro avisa que vai apelar a Turma do STF
Alexandre de Moraes negou os pedidos para soltar os generais Walter Braga Netto (foto) e Mário Fernandes, detidos no contexto da investigação sobre tentativa de golpe de Estado.
A decisão sobre Braga Netto foi assinada na terça-feira, 24, e sua íntegra não será divulgada, porque o processo é sigiloso, informou o Supremo Tribunal Federal (STF).
Ex-ministro do governo Jair Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022, Braga Netto está detido desde 14 de dezembro, sob a acusação de tentar atrapalhar a coleta de provas no processo no qual foi indiciado. Ele foi detido em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Segundo sua defesa, “a decisão do Ministro de manter a custódia do General era previsível, apesar de a defesa entender que não há absolutamente nenhuma prova que justifique a sua prisão”.
“Vamos aguardar o julgamento do agravo pela Turma”, diz a nota assinada pelo advogado José Luis Oliveira Lima.
Fernandes
Mário Fernandes, que atuou como secretário-executivo da Presidência da República no governo Bolsonaro, está detido desde 19 de novembro, quando foi deflagrada a Operação Contragolpe.
A Polícia Federal atribuiu a Fernandes um plano para neutralizar Moraes, Lula, então presidente eleito, e Geraldo Alckmin. então vice-presidente eleito, no fim de 2022.
Segundo a PF, o plano foi batizado de operação “Punhal Verde e Amarelo”, denominada pelo núcleo operacional de “Copa 2022”.
Pelos registros coletados pelos investigadores, Fernandes imprimiu cópias desse plano no Palácio do Planalto em duas ocasiões: 6 de dezembro e 16 de dezembro de 2022.
Visitas
Moraes também pediu explicações ao Exército sobre a visita de familiares e advogados a militares presos no âmbito do inquérito sobre tentativa de golpe de Estado.
O ministro cobrou explicações em 24 de dezembro, véspera do Natal, após o Exército enviar ao STF a lista de visitas recebidas pelos oficiais que estão presos no Comando Militar do Planalto, em Brasília. Moraes estipulou ainda o prazo de 48 horas para a resposta.
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