Moraes mantém prisões e se declara impedido em caso de ameaça
Processo será redistribuído para outro ministro do STF; um dos presos é o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, manteve a prisão preventiva de dois homens acusados de proferir ameaças ao magistrado e à família.
Moraes, porém, se declarou impedido de permanecer na condução do caso por envolver tema de natureza pessoal.
O processo será redistribuído para outro ministro do STF.
Um dos presos, como mostramos, é o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira, sargento atualmente lotado no Comando da Marinha. O outro é Oliverino de Oliveira Júnior.
As investigações começaram em abril, em resposta a e-mails anônimos que chegaram ao STF. Nas mensagens, os autores das ameaças diziam saber o itinerário usado pela filha de Moraes.
Eles também fizeram ameaças de morte ao ministro e sua família.
Os crimes apurados pela Polícia Federal são de ameaça e perseguição.
Ao solicitar a prisão do fuzileiro naval, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o ministro do STF corria “perigo concreto” após várias ameaças de morte feitas pelo militar.
“Há provas suficientes da existência do crime e indícios razoáveis de autoria, já abordados, que vinculam Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino de Oliveira Júnior aos fatos. A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública”, disse Gonet, no pedido feito ao STF.
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