Moraes manda recado ao Congresso e defende regulamentação das redes após explosões
"As autoridades públicas, aqueles que defendem a democracia, devem decidir exatamente para que haja uma regulamentação", disse o ministro
A regulamentação das redes sociais voltou a ser alvo do discurso do ministro Alexandre de Moraes após as explosões no STF e na Câmara dos Deputados. Para Moraes, o episódio protagonizado por Francisco Wanderley Luiz, nesta quarta-feira,13, provocando explosões e a própria morte, é a demonstração da importância de regulamentar as redes. Francisco teria antecipado intenções criminosas por meio de postagens no Instagram.
“As autoridades públicas, aqueles que defendem a democracia, devem decidir exatamente para que haja responsabilização, para que haja uma regulamentação das redes sociais. Não é possível mais esse envenenamento constante pelas redes sociais”, afirmou.
O tema está estagnado no Congresso Nacional. Após forte pressão popular, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) suspendeu a votação de um projeto de regulamentação relatado por Orlando Silva (PCdoB). Parlamentares se dividem sobre o tema. A base governista, alinhada ao discurso de ministros do Supremo, prega que a regulamentação trará segurança aos usuários das redes. Já a oposição diz que o tema versa contra a liberdade de expressão.
Gabinete
Como mostramos, o ministro do STF também apontou o “gabinete do ódio” como origem para eventos de violência em Brasília. “Nós não podemos ignorar o que ocorreu ontem. O que aconteceu ontem não é um fato isolado do contexto. (…) mas o contexto se iniciou lá atrás, quando o ‘gabinete do ódio’ começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF, principalmente contra a autonomia do Judiciário”, disse Moares.
Sem citar Bolsonaro, Moraes disse que ações de violência contra as instituições foram endossadas por pessoas poderosas na República. “Foram instigadas por pessoas, algumas com altos cargos na República. Foram instigadas a atacar. Foram instigadas a tal ponto que usem bombas para isso”.
O “gabinete do ódio” como mencionado por Moraes, refere-se ao grupo de assessores próximos a Bolsonaro que, de acordo com investigações da Polícia Federal, teria atuado na divulgação de notícias falsas e na promoção de ataques contra opositores ao longo do governo do ex-presidente.
Ocorrido
Em frente ao Supremo Tribunal Federal, Francisco Wanderley detonou explosivos que carregava consigo. Momentos antes, instalou bombas guardadas em seu carro, estacionado próximo à Câmara dos Deputados. A Polícia Federal já abriu inquérito sobre o episódio. A Polícia Militar classificou o episódio como “autoextermínio com explosivos”.
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Comentários (3)
FRANCISCO NATALICIO QUEIROZ
14.11.2024 15:45Acharam o BODE.
Daniel Vieira
14.11.2024 12:56E qual o recado para o crime organizado depois do atentado no aeroporto de Guarulhos? Nenhum! O STF se desmoraliza a si próprio. Não precisa de redes sociais!
Claudemir Silvestre
14.11.2024 12:25A desculpa perfeita para o STF e os Partidos de Esquerda implantar ainda mais CENSURA no Brasil !! NÃO à CENSURA !!