O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a PF realize novo depoimento com Anderson Torres, preso há mais de três meses, no âmbito da investigação sobre o 8 de janeiro.

O ofício é desta quinta-feira (20).

A nova oitiva se dará na condição de testemunha e no âmbito do inquérito sobre a atuação da PRF no segundo turno das eleições.

Como revelado nesta semana, uma ex-diretora de Inteligência afirmou à PF que o ex-ministro ordenou mapeamento de eleitores de Lula antes do segundo turno das eleições passadas.

Para os investigadores, o material serviu para que o então ministro da Justiça autorizasse a operação da polícia para supostamente retardar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro em municípios do Nordeste, onde Lula teve mais votos do que Jair Bolsonaro.

Segundo fonte familiar a Torres, ele está com espírito colaborativo e deve falar em seu depoimento, apesar de não ter acesso ao inquérito sobre a PRF. A tática serve a estratégia da defesa de não enfrentamento ao STF.

Há pouco mais de um mês, o ex-ministro trocou sua equipe de defesa e se afastou de advogado ligado à família Bolsonaro.

Concomitantemente, ainda nesta quinta, o G1 noticiou que a equipe de Torres apresentou ao STF, no âmbito do inquérito do 8/1, uma petição com senhas de e-mails e do acesso aos dados de nuvem do celular que teria sido perdido nos EUA, durante viagem de férias em janeiro.

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