Moraes concede liberdade a coronel acusado de suposta tentativa de golpe
O coronel é suspeito de convocar reuniões com militares com o objetivo deles atuarem em manifestações em frente aos quartéis
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu conceder liberdade provisória, com medidas cautelares, ao coronel Bernardo Romão Corrêa Netto. O militar era um dos alvos da operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal, que investiga uma suposta tentativa de golpe.
Após ter sido preso no Batalhão de Guarda Presidencial desde o dia 11 de fevereiro, Corrêa Netto foi solto, na noite desta quinta-feira, 7. Ainda não foram divulgados detalhes sobre as medidas cautelares impostas ao coronel, segundo reportagem da CNN Brasil.
As acusações ao coronel
De acordo com as investigações, Corrêa Netto é suspeito de convocar reuniões com militares especializados em operações especiais, conhecidos como “Forças Especiais” (FE), com o objetivo de atuar em manifestações em frente aos quartéis e em atos voltados para invasões ocorridas em 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes em Brasília foram depredadas.
Segundo o relatório da PF, Corrêa Netto trocava mensagens com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que evidenciavam um plano de golpe.
Os militares chamados de “kids pretos” são membros ativos ou reservistas do Exército, especializados em operações especiais e treinados para missões de alto risco e sigilo. Suas atribuições envolvem operações de guerra irregular, como terrorismo, guerrilha, insurreição, movimentos de resistência e insurgência.
No dia da operação da PF, em 8 de fevereiro, Corrêa Netto estava nos Estados Unidos. Ele foi preso somente três dias depois. Desde 30 de dezembro de 2022, o coronel estava residindo em Washington, onde realizava um curso sobre medidas administrativas no Colégio Interamericano de Defesa.
Réu do 8 de janeiro é absolvido por Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela absolvição de Geraldo Filipe da Silva, um dos réus do 8 de janeiro. É a primeira vez que ele vota para absolver um réu nesse processo
Ele emitiu seu voto no plenário virtual do STF, nesta sexta-feira, 8, durante julgamento dos envolvidos nos atos.
A decisão segue o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que, após a instrução da ação penal, alterou sua posição em relação à denúncia e opinou pela absolvição de Geraldo Filipe da Silva.
Morador de rua
O réu, preso no dia dos atos próximo ao Congresso Nacional, afirmou em sua defesa que é um morador de rua que se viu cercado pelos vândalos, mas que não participou de atos violentos.
Vídeos da prisão em flagrante mostram que Geraldo Filipe da Silva foi agredido pelos vândalos, sendo acusado de ser petista e infiltrado, responsável por vandalizar viaturas para tumultuar a manifestação. No entanto, as investigações não conseguiram comprovar sua participação efetiva em atos violentos.
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