Moraes agenda primeiras audiências da ação penal de Jair Bolsonaro no STF
Os depoimentos serão por videoconferência, entre 19 de maio e 2 de junho. A medida marca o começo da instrução processual
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou as datas das primeiras audiências para ouvir as testemunhas de acusação e de defesa na ação penal do núcleo 1, relacionada à tentativa de se instaurar um golpe de Estado no país. Esse núcleo é o de Jair Bolsonaro e seus principais aliados.
Os depoimentos serão por videoconferência, entre 19 de maio e 2 de junho. A medida marca o começo da instrução processual, momento de produção das provas para a acusação e a defesa.
As testemunhas foram indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos oito réus apontados como participantes do “Núcleo Crucial” da suposta organização. Compõem o grupo o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo.
Conforme o cronograma estabelecido, as testemunhas de acusação serão ouvidas em 19 de maio, a partir das 15h.
O depoimento das testemunhas do tenente-coronel Mauro Cid, que fechou acordo de colaboração premiada, será no dia 22, às 8h.
A partir do dia 23 começam a se manifestar as testemunhas de defesas dos demais réus. Ao todo, foram indicadas 82 testemunhas. Algumas são comuns a mais de um réu. Caso haja necessidade, as oitivas podem continuar nos dias seguintes.
Parte dos nomes indicados tem prerrogativa de escolher local, dia e horário para depor. Para esse grupo, que envolve senadores, deputados e outras autoridades, as defesas terão cinco dias para informar se há necessidade de mudar o agendamento prévio.
Outro conjunto de testemunhas é composto de servidores públicos. A lista inclui militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, policiais e procurador, entre outros cargos. Nestes casos, o respectivo superior na função deverá liberar o agente no dia e horário agendados para participar do ato.
Quem são os réus nesta ação penal envolvendo Jair Bolsonaro?
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, respondem à ação: Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Mauro Cesar Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sergio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).
Eles são acusados dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
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