“Modelo de força-tarefa existe desde 2003”, diz Janot sobre TCU
O ex-PGR Rodrigo Janot (foto), condenado pelo TCU por pagamentos de diárias, passagens e gratificações à força-tarefa da Lava Jato, expõe falhas na decisão do tribunal. "Eles dizem que a força-tarefa viola o princípio da economicidade, porque deveria ter sido usado um outro modelo mais barato, só que não dizem qual o modelo."...
O ex-PGR Rodrigo Janot (foto), condenado pelo TCU por pagamentos de diárias, passagens e gratificações à força-tarefa da Lava Jato, expõe falhas na decisão do tribunal. “Eles dizem que a força-tarefa viola o princípio da economicidade, porque deveria ter sido usado um outro modelo mais barato, só que não dizem qual o modelo.”
O ex-procurador lembra também que o modelo de força-tarefa foi criado em 2003, na investigação sobre lavagem de dinheiro por meio das contas CC-5 (Caso Banestado). No caso da Lava Jato, os atos administrativos eram referendados pelo Conselho Superior do Ministério Público. Nenhum dos integrantes foi citado no processo.
“Além disso, os dois procuradores-gerais que me sucederam mantiveram a força-tarefa. Mas só eu estou lá (no processo).”
Janot ressalta que os relatórios das áreas técnicas da Procuradoria e do próprio TCU apontaram erros materiais na acusação. “Disseram que a gente pagava diária corrida de 30 dias, quando o CNMP limitou em 10. A gente nunca pagou 30 dias. Na verdade, reduzimos para 8 e, agora, o Aras elevou para 10.”
“Numa comparação tosca, é como o TCU chegar à conclusão de que no SUS os médicos não podem mais operar com bisturi porque é caro. Todo mundo terá que cortar com gilete, porque tudo corta. É dizer que você não pode transportar paciente grave de avião, porque é caro. Vai ter que usar ônibus ou van. É um raciocínio curto. Não sei o que está por trás disso.”
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