Ministro: Marajó foi usada para “projetar fantasmas do conservadorismo”
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, disse nesta sexta-feira (4) que ”os problemas de Marajó foram usados como token para projetar os fantasmas do conservadorismo e do reacionarismo da...
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida (foto), disse nesta sexta-feira (4) que ”os problemas de Marajó foram usados como token para projetar os fantasmas do conservadorismo e do reacionarismo da política nacional, quando nada se fez”. Ele se referia ao “período anterior” ao falar durante a cerimônia de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre seu ministério e o governo do Pará para implantar centros de referência de direitos humanos no arquipélago de Marajó, pelo programa Cidadania Marajó.
O programa Cidadania Marajó substituiu em maio o Abrace o Marajó, criado pela hoje senadora Damares Alves (Republicanos-DF) quando atuou como ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, durante o governo de Jair Bolsonaro. Em outubro do ano passado, ela denunciou, durante um culto religioso, abuso de menores na região, dando muitos detalhes. A história causou muito barulho, mas ficou nebulosa, pois a então ministra citou uma investigação sobre o assunto que não existia. Na ocasião, o Ministério Público disse que não recebeu denúncias de exploração sexual na região.
Após a substituição de seu programa pelo do governo Lula, Damares disse que gostaria de transformar a Ilha de Marajó em principado e virar “princesa regente”. “Não sou a governadora de lá. Sou candidata no Marajó. Eu quero dividir o Marajó e fazer um principado. Eu quero entrar como princesa regente do Marajó”, disse durante audiência sobre indígenas no Senado.
Quando se encontraram neste ano, em outra audiência no Senado, Silvio Almeida disse a Damares que quer “ter compaixão” por ela. “É um exercício que eu faço todos os dias quando adentro o ministério”, disse, ressalvando que “a compaixão não seja sinônimo de impunidade”.
Almeida se mudou para a região Norte junto com o governo federal nos últimos dias, no contexto dos Diálogos Amazônicos. Belém sedia uma série de eventos desde esta sexta-feira como prévia da Cúpula da Amazônia , que reunirá chefes de Estado da região nos próximos dias 8 e 9.
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