Ministro francês alerta sobre risco de crise financeira
o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, alertou nessa segunda-feira, 8 de julho, que o país pode entrar em uma crise financeira se o programa político de gastos elevados e altos impostos abraçado pela aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) for implementado
Embora tenha elogiado a barreira erguida contra o partido de Marine Le Pen, o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, alertou nessa segunda-feira, 8 de julho, que o país pode entrar em uma crise financeira se o programa político de gastos elevados e altos impostos abraçado pela aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) for implementado.
O ministro, que permanecerá no gabinete francês enquanto as negociações para um novo governo começam, criticou o NFP e alertou sobre outros riscos para a França, como uma “fratura ideológica” no país e um cenário de bloqueio completo se não for possível encontrar um governo de consenso.
“A implementação do programa de ruptura do NFP destruiria os resultados da política que conduzimos nos últimos sete anos, que proporcionou trabalho e atratividade de indústrias à França. Esse projeto é exorbitante, ineficaz e desatualizado. Sua legitimidade é fraca e circunstancial. Ele não deve ser aplicado”, afirmou o ministro.
O NFP conquistou a maior parcela de assentos no parlamento na eleição legislativa de domingo, embora a aliança não tenha alcançado uma maioria absoluta.
Líderes empresariais apreensivos
A agenda da esquerda tem sido vista como perigo potencialmente mortal pelos líderes empresariais francesas.
Embora quase ninguém do mercado lamente a derrota do Rassemblement National, o resultado final fez muitos suarem frio. Antes do mesmo do segundo turno já surgiu entre economistas liberais e líderes empresariais um consenso: “O programa da Nova Frente Popular, sob a influência da LFI, é muito mais perigoso que o do RN”, resumiu um conselho de líderes. É um programa anticapitalista.
“Podemos ver claramente que nenhuma maioria está emergindo claramente. O triunfalismo da Nova Frente Popular não faz sentido, muito menos o de Mélenchon, troveja Jean-François Rial, CEO da agência Voyageurs du Monde.
“O programa econômico da LFI é surpreendente e perigoso. Só uma coligação de esquerda moderada com a Renascença – se a LR não a censurar – que teria uma maioria relativa, pode evitar isto. A prioridade é reforçar a segurança e os serviços públicos nos territórios, através de reformas fundamentais da despesa pública”, declarou o empresário.
Outros alertas
Em artigo assinado em conjunto, Jean-Philippe Feldman, professor de direito e advogado do Tribunal de Paris e Nicolas Lecaussin, diretor do Iref (Instituto de Investigação Econômica e Fiscal) alertaram, antes mesmo do resultado das eleições, que a vitória da Nova Frente Popular – aliança de esquerda capitaneada pelo partido de extremista La France Insoumise – seria mais perigoso para o país do que o programa da direita.
Assim como o atual Ministro da Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, Feldman e Lecaussin descrevem o programa da NFP como um programa comum socialista-comunista que, segundo eles, resultará em deterioração das finanças públicas, aumento do desemprego, queda do PIB médio per capita e da produtividade total.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)