Ministro da Defesa: Investigações constrangem, mas são boas para FA
A PF deflagrou, nesta terça-feira, uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um suposto golpe de Estado
Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, admitiu que as investigações que miram a participação de militares em um suposto plano para se instituir um golpe de Estado no país constrangem as Forças Armadas.
Mas, para ele, “é bom que essas coisas venham à tona”.
“Constrange [militares serem alvo de investigações], mas é bom para as Forças Armadas que essas coisas venham à tona porque eu desejo muito que os responsáveis paguem os seus delitos perante a Justiça. É uma forma de tirar a suspeição de quem não tem culpa”, disse o ministro.
Como mostramos, a Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, uma operação para desarticular organização criminosa responsável por planejar um suposto golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o pleito de 2022. O plano incluía um suposto plano para eliminar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
“Às forças, interessam o país pacificado. Então eu quero que todos os culpados sejam punidos para os inocentes poderem sair dessa aura de suspeição”, disse o ministro a O Globo.
As conclusões da PF
A Polícia Federal informou ter identificado a existência de “um detalhado planejamento operacional”, denominado Punhal Verde e Amarelo, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022. “Ainda estavam nos planos a prisão e a execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado”, destacou a PF.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como “kid pretos”, altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.
Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da PF Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.
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