Ministra de Lula admite que governo não solucionou crise Yanomami
Segundo Sonia Guajajara, o governo petista subestimou a crise e a questão não deve ser solucionada em 2024...
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, admitiu nesta terça-feira, 16, que o governo Lula (PT) não conseguiu resolver o problema da crise nas Terras Indígenas Yanomami. Segundo ela, o governo petista subestimou o problema e a questão não deve ser solucionada em 2024.
“Não é só falar que [a crise] não se resolveu em 2023. De fato, não se resolveu. E provavelmente não se resolverá em 2024, considerando a situação complexa que temos. Mas pegamos o território nessa situação. Achamos que era só uma crise sanitária, mas tinha toda essa questão do garimpo impregnado”, afirmou Guajajara em live no Instagram com o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.
Segundo a ministra, o governo está saindo de “ações emergenciais” para “ações permanentes de acompanhamento e fiscalização” que estão sendo discutidas dentro da Casa Civil, chefiada por Rui Costa. O ministério ficará responsável pela estruturação de uma Casa de Governo em Roraima que pretende monitorar de perto o cenário Yanomami e prestar auxílio aos indígenas.
Como mostrou Crusoé, praticamente nada mudou na maior terra indígena do Brasil desde que Lula assumiu a presidência. Em 2022, ainda sob a gestão Jair Bolsonaro (PL), foram registradas 343 mortes de indígenas na região, 35 a mais que durante o primeiro ano de mandato do presidente petista, que registrou 308. Do total, 53% das mortes, em 2023, foram de crianças.
Recentemente, Lula disse que o país não pode “perder a guerra” contra o garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomamis na Amazônia. Se passarem 12 meses e ele ainda não começou o combate contra. Em janeiro do ano passado, ele decretou estado de emergência de saúde pública na região.
Segundo o portal G1, o povo Yanomami continua vivendo em situação de precariedade. Como em 2022, no início deste ano as imagens de crianças doentes, desnutridas, com ossos à mostra se repetem. A maioria das mortes na região são causadas por malária, pneumonia e desnutrição.
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