Mentor de esquema de grilagem se dizia cônsul para ter imunidade
Não era à toa que Adailton Maturino, apontado como líder do megaesquema de grilagem de terras no oeste da Bahia mediante compra de decisões judiciais, se apresentava falsamente como cônsul de Guiné-Bissau no Brasil...
Não era à toa que Adailton Maturino, apontado como líder do megaesquema de grilagem de terras no oeste da Bahia, mediante compra de decisões judiciais, se apresentava falsamente como cônsul de Guiné-Bissau no Brasil.
Segundo a Polícia Federal, ele fazia isso para dar “blindagem diplomática (imunidade) a bens e locais” que utilizava em atividades suspeitas.
“Seu efeito vai muito além: oculta e dissimula a origem de bens de origem criminosa (corrupção) — clássico mecanismo de lavagem de dinheiro”, afirma a PF.
A observação foi feita num pedido de busca e apreensão sobre a sede de uma empresa de táxi aéreo localizado no aeroporto de Salvador.
Numa das salas, a PF encontrou na porta uma placa com a inscrição “Embaixada de Guiné-Bissau”. Ao lado, havia uma aeronave com bandeiras do país sul-africano.
“A investigação levada a cabo nesse inquérito demonstra a utilização, por Maturino, de títulos diplomáticos de Guiné-Bissau, seja como qualificação pessoal (‘cônsul’), seja como na formalização de propriedades de bens, como veículos e aeronave. Tudo — registre-se — sem o devido reconhecimento pelo governo brasileiro”, registra a PF.
Presa ontem na Operação Faroeste, desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago guardava em casa um anotação para o governador da Bahia ajudar a empresa de táxi aéreo, chamada Adey.
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