“Me disponho a pausa humanitária com Arthur Lira”, diz Renan
O senador Renan. Calheiros (MDB-AL) se disse disposto a "uma pausa humanitária" com o adversário Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, para instalar a CPI da Braskem. Foi durante...
O senador Renan. Calheiros (MDB-AL, foto) se disse disposto a “uma pausa humanitária” com o adversário Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, para instalar a CPI da Braskem. Ele falou durante entrevista à CNN Brasil.
“Eu mesmo me disponho a propor uma pausa humanitária com o deputado Arthur Lira, para que nós, juntos, defendamos os interesses do estado de Alagoas, evidentemente que contra a Braskem. Agora, evidentemente isso não vai acontecer se o deputado continuar a defender os interesses da Braskem, da Odebrecht”, disse o senador, referindo-se ao nome antigo da Novonor.
O emedebista chegou a agendar a instalação da comissão para as 15h de terça-feira, 12, mas não cabe mais a ele apontar a data. O senador Otto Alencar (BA) foi indicado pelo PSD para compor a comissão e se tornou, assim, o membro mais velho do colegiado. Cabe a ele, portanto, definir sobre a instalação.
Apesar de ter dito que está disposto a uma trégua com Lira, que é aliado do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, Renan impôs uma condição cheia de indiretas.
Ele disse que tomará a iniciativa de propor a pausa desde que Lira “demonstre que está do lado do povo de Alagoas, contra o acordo que a Prefeitura de Maceió fez, que deu quitação plena, definitiva, à Braskem; que entregou o terreno dos bairros afundados, 14% do território de Alagoas, para a Brakem usar no mercado imobiliário, e deu o monitoramento da fiscalização da área afetada para a Braskem; um acordo pró-Braskem e contra o povo de Alagoas”.
“Não tenho a menor dúvida de que quem está contra a CPI está em função da necessidade de proteger os interesses da controladora da Brakem, que é a Odebrecht. E quem defende que se transfira a responsabilidade para o governo federal ao invés de cobrar o que a Braskem está devendo aos alagoanos de igual modo está defendendo os interesses da controladora da Braskem, que é a Odebrecht”, completou o senador.
Por que CPI da Braskem?
A mina 18 da Braskem, localizada na região de Maceió, sofreu um rompimento no domingo, 10, resultando em um afundamento do solo. De acordo com a Defesa Civil, a cavidade aberta pela ruptura está sendo preenchida por rochas e água da lagoa Mundaú, o que deve desacelerar o processo de afundamento. As autoridades de segurança descartaram o risco de novo colapso.
O pano de fundo da crise ambiental e social é uma disputa política que opõe os grupos de Renan e Lira. Enquanto o presidente da Câmara é aliado do prefeito de Maceió, o senador está com o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB).
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