Mario Sabino, na Crusoé: Doria e máscara social
"Escrevo este artigo em meio à confusão instalada com a notícia de que João Doria não disputaria mais a presidência da República", diz Mario Sabino (foto), em sua coluna na Crusoé. "Neste exato momento, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo...
“Escrevo este artigo em meio à confusão instalada com a notícia de que João Doria não disputaria mais a presidência da República“, diz Mario Sabino (foto), em sua coluna na Crusoé.
“Neste exato momento, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, divulgou uma nota reafirmando que o até ontem governador de São Paulo vai concorrer, sim. É um aborrecimento ter de acompanhar profissionalmente essa gente. João Doria, que conseguiu suas seis horas de fama extra com o episódio, talvez ao custo de precioso meio ponto percentual a menos nas pesquisas de intenção de voto, é de uma falta de graça absoluta. Todas as vezes em que estive com ele, sempre como jornalista, saí das conversas com o cérebro saturado de marketing.
Na última vez, antes de um almoço no Palácio dos Bandeirantes, João Doria me obrigou a assistir a um filmete de propaganda do governo de São Paulo, que estava sendo veiculado na CNN Internacional, para atrair investimentos para o estado, segundo ele. A única coisa que vi de notável foi o rio Tietê e o rio Pinheiros azulados por filtros. Os dois esgotões tinham de parecer limpos para os investidores. À mesa — sem o meu celular, porque visitantes precisavam deixar o aparelho na entrada do gabinete –, perguntei a ele se gostava de povo. João Doria respondeu que sim e que gostava de vestir jeans e camiseta para fazer comícios. Afirmei que ele era muito engomadinho, muito paulistano. Doria sorriu, enquanto fazia anotações.”
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