Mario Sabino: a solidão ainda mais solitária
Em sua coluna na Crusoé desta semana, Mario Sabino conta da solidão de um amigo, internado com COVID-19...
Em sua coluna na Crusoé desta semana, Mario Sabino conta da solidão de um amigo, internado com COVID-19.
“Um amigo está com Covid-19. Foi internado com falta de ar, os pulmões tomados que estavam pelo vírus maldito. Ao que tudo indica, conseguirá escapar do ‘árbitro equânime de todas as misérias humanas’.
A internação o colocou naquela solidão ainda mais solitária das doenças infecciosas. Este é um ponto salientado por médicos e enfermeiros que continuam a fazer relatos na TV, para espectadores que já não querem mais ouvir: a tristeza de ver os doentes sozinhos, no mais completo desamparo familiar, sem um rosto conhecido que os console. Já não há mais nenhum rosto, aliás, apenas uma multidão de máscaras no baile hospitalar.
(Não quero deprimir ninguém, e eu mesmo não estou deprimido. Escrever sobre algo que emana tristeza não significa necessariamente que se é portador permanente ou ocasional de patologia. Muito já se falou sobre a associação imediata entre depressão e tristeza, como se todos tivéssemos a obrigação de ser felizes o tempo inteiro. Até crianças dizem que fulano “está deprimido”, em vez de dizer fulano “está triste”. Espanta-me.)”.
LEIA AQUI a coluna na íntegra.
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