Mario Sabino: A questão militar é só caso de polícia
Em sua coluna da edição desta semana da Crusoé, Mario Sabino analisou a nota de repúdio emitida pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e pelos comandantes das Forças Armadas após as declarações dadas por Omar Aziz na última quarta-feira (7) na CPI da Covid...
Em sua coluna da edição desta semana da Crusoé, Mario Sabino analisou a nota de repúdio emitida pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e pelos comandantes das Forças Armadas após as declarações dadas por Omar Aziz na última quarta-feira (7) na CPI da Covid.
Na ocasião, o presidente da comissão afirmou que as Forças Armadas deviam estar com “vergonha” pelo envolvimento de militares em “falcatruas” com o governo.
Mario destrinchou a nota de repúdio e constatou que ela traz “as patinhas” de Braga Netto e de Jair Bolsonaro.
“As alusões ao povo brasileiro também trazem as patinhas do ministro da Defesa e do presidente da República. Em primeiro lugar, as Forças Armadas não são ‘instituições pertencentes ao povo brasileiro‘. São instituições nacionais pertencentes ao estado brasileiro, composto por representantes do povo brasileiro, como requer justamente a democracia re-pre-sen-ta-ti-va. Cancelar a mediação do estado nessa história implica dizer que, em nome do povo brasileiro, os militares estariam livres para voltar-se contra os representantes desse mesmo povo, caso julgassem que eles tivessem traído os objetivos para os quais foram eleitos ou escolhidos por outros critérios estabelecidos pela Constituição.”
“A afirmação de que ‘as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro’ é outra lambancinha da dupla Braga Netto/Jair Bolsonaro.”
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