Marinho sobre anulação de acordos de leniência: “Revisionismo histórico”
O senador Rogério Marinho (PL-RN; foto) chamou de “revisionismo histórico” a anulação de todas as provas da Lava Jato contra Lula (PT) obtidas...
O senador Rogério Marinho (PL-RN; foto) chamou de “revisionismo histórico” a anulação de todas as provas da Lava Jato contra Lula (PT) obtidas em acordo de leniência da Odebrecht.
As provas foram anuladas por decisão monocrática do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Revisionismo histórico: o Brasil de hoje reescreve a sua história e deseduca as futuras gerações”, publicou Marinho no X, anteriormente conhecido como Twitter.
“Viramos a Pátria das narrativas e da democracia relativa. Precisamos resistir”, acrescentou.
Toffoli acatou a argumentação da defesa do petista segundo a qual as provas obtidas a partir dos sistemas Drousys e My Web Day B, utilizados pelo departamento de operações da Odebrecht foram produzidas ilegalmente.
Em agosto deste ano, o próprio Toffoli já havia beneficiado o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, também com os mesmos argumentos.
Na decisão de hoje, Toffoli também determina que a Polícia Federal apresente, em 10 dias, “o conteúdo integral das mensagens apreendidas na ‘operação spoofing’, de todos anexos e apensos, sem qualquer espécie de cortes ou filtragem” e que o material seja disponibilizado às defesas de Lula e de outros réus condenados com base no acordo de leniência da Odebrecht. Assim, Sergio Cabral também poderá ter acesso ao material.
Toffoli também determina que a 13ª Vara Federal de Curitiba apresente em dez dias “o conteúdo integral de todos os documentos, anexos, apensos e expedientes relacionados ao Acordo de Leniência da Odebrecht, inclusive no que se refere a documentos recebidos do exterior, por vias oficiais ou não, bem como documentos, vídeos e áudios relacionados às tratativas”.
A Advocacia Geral da União (AGU) vai abrir processos administrativos contra os procuradores da Lava Jato e contra o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR), em cumprimento à decisão do ministro Dias Toffoli.
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