Marco Aurélio deve liberar só em maio retomada do julgamento sobre Moro: “Caminhemos sem açodamento”
O ministro Marco Aurélio Mello deverá liberar só em maio seu voto no Supremo sobre a perda do objeto da suspeição de Sergio Moro. Hoje, ele pediu vista e suspendeu o julgamento, quando já havia maioria formada para confirmar a decisão da Segunda Turma do STF que apontou parcialidade do ex-juiz...
O ministro Marco Aurélio Mello deverá liberar só em maio seu voto no Supremo sobre a perda do objeto da suspeição de Sergio Moro.
Hoje, ele pediu vista e suspendeu o julgamento, quando já havia maioria formada para confirmar a decisão da Segunda Turma do STF que apontou parcialidade do ex-juiz.
Durante a sessão, Luiz Fux chegou a anunciar que retomaria o julgamento na próxima quarta (28), mas o pedido de vista dá a Marco Aurélio o direito de permanecer com o processo.
Questionado por O Antagonista sobre quando pretende liberar, ele respondeu:
“Ainda não temos no Brasil corredor da morte. Mas, tenha certeza que nunca deixei de observar o Regimento Interno. Caminhemos sem açodamento. Tem-se em jogo valores que precisam ser refletidos. A quem interessa fulminá-los?“
O regimento interno do STF define que, após o pedido de vista, o ministro deverá levar o voto para julgamento “até a segunda sessão ordinária subsequente”.
Cumprindo o regimento, como sinalizou, Marco Aurélio levaria o voto sobre Moro no dia 5 de maio, quando ocorrerá a “segunda sessão ordinária subsequente” à de hoje — o plenário realiza apenas uma sessão ordinária por semana, na quarta-feira, e uma extraordinária, na quinta.
Desde o mês passado, quando a Segunda Turma passou a fustigar Moro, Marco Aurélio tem defendido o trabalho do ex-juiz na Lava Jato.
“Não podemos, a esta altura da vida judicante, execrar o juiz Sergio Moro. Ele tem uma folha de serviços prestados ao país”, afirmou, em março, logo após a decisão de Edson Fachin que anulou as condenações de Lula.
“Não posso conceber que homem que surgiu como herói nacional mostrando nova vertente quanto ao combate à corrupção de repente se torne vilão e seja execrado. Isso não passa pela minha cabeça”, disse o ministro, no início deste mês.
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