Márcio França ainda não digeriu João Doria
Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França ainda não esqueceu a eleição municipal de 2016 — e nem a de 2018, pelo jeito. Durante a filiação de José Luiz Datena ao PSB...
Ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França ainda não esqueceu a eleição municipal de 2016 — e nem a de 2018, pelo jeito. Durante a filiação de José Luiz Datena ao PSB, celebrada nesta terça-feira, 19, França fez uma menção ao ex-governador de São Paulo João Doria sem mencioná-lo diretamente.
“No Brasil, a disputa de prefeitura que evidentemente chama a atenção nacionalmente, é claro que, primeiro, é sempre São Paulo”, disse o ministro ao receber Datena.
“A partir de São Paulo, as coisas acabam repercutindo em outros lugares. Basta dizer que, mesmo uma pessoa que se elege prefeito e, no instante seguinte, vira prefeito, como aconteceu recentemente — sem nunca ter sido nada —, no instante seguinte, já era um nome cotado para disputar a Presidência da República“, comentou, finalizando: “Então, São Paulo tem essa projeção”.
Doria se elegeu prefeito de São Paulo em 2016, ainda no primeiro turno, na disputa contra Fernando Haddad, hoje ministro da Fazenda. Dois anos depois, deixou a Prefeitura para concorrer ao governo do estado e bateu Márcio França no segundo turno. Naquele pleito, Doria apelidou França de “Márcio Cuba”.
Um novo velho Doria
De lá para cá, muito mudou. Doria não apenas abandonou a política, como pediu desculpas a Lula por ter tripudiado de sua prisão em 2018, ao dizer que ela “lavava a alma dos bons brasileiros”.
“Aquilo foi uma declaração imprópria e eu não tenho problema em reconhecer. Isso me ajuda a ser uma pessoa melhor, mais respeitada. Eu sei pedir desculpas, sei reconhecer quando eu erro. Não foi uma declaração adequada”, declarou Doria ao podcast Flow.
Dias depois, em outra entrevista, o empresário afirmou que o petista é o “único político capaz de pacificar o Brasil”.
De volta à iniciativa privada, Doria busca a participação de ministros do governo em eventos do Lide, grupo criado para reunir empresários dos mais variados setores da economia brasileira. Mas Lula vetou a participação de membros do alto escalão da sua equipe nos eventos.
Lula também ainda não digeriu João Doria.
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