Marcelo Ramos diz que Câmara deve ter coragem de enfrentar ‘questões que parecem impopulares’
O deputado Marcelo Ramos (PL), que assumiu de última hora a relatoria no caso Wilson Santiago, disse hoje a O Antagonista que considera "graves" os fatos que envolvem o colega do PTB acusado de recebimento de propina...
O deputado Marcelo Ramos (PL), que assumiu de última hora a relatoria no caso Wilson Santiago, disse hoje a O Antagonista que considera “graves” os fatos que envolvem o colega do PTB acusado de recebimento de propina.
“No mérito, acho que são graves os fatos, mas a gravidade dos fatos não pode permitir atitudes fora do que determina a lei”, ponderou.
Para Ramos, a Câmara precisa “ter coragem de enfrentar questões que parecem impopulares, mas são corretas”.
Por 233 a 170 votos, na noite de ontem, os deputados derrubaram, em votação no plenário, o afastamento de Santiago. As investigações indicam que o paraibano recebeu R$ 1,2 milhão de propina, de obras superfaturadas de abastecimento de água no Nordeste. O inquérito da PF e a denúncia da PGR são robustos.
O Antagonista apurou que Wellington Roberto, que continuará na liderança do PL em 2020 e é amigo e conterrâneo de Santiago, atuou fortemente nos bastidores para a troca da relatoria.
Ramos desconversou:
“Não sei. O Wellington só me pediu para relatar. Eu pedi para estudar o caso e respondi que, fora o mérito, achava que não cabia o afastamento.”
Como antecipamos ainda na tarde de ontem, o primeiro relator designado para o caso, deputado Fábio Trad (PSD), estava com seu parecer praticamente pronto, a favor da decisão de Celso de Mello. Foi por isso que ele acabou sendo sacado da função, com a benção de Rodrigo Maia.
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