Dois candidatos à Prefeitura de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB; foto) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) trocaram provocações antes do debate desta segunda-feira, 23 de setembro.

Marçal acusou Nunes de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), chamando-o de “Tchutchuca do PCC”.

O ex-coach ainda afirmou que o prefeito “vai para a cadeia”.

Por sua vez, Nunes chamou Marçal apenas de “tchutchuca”.

Sem cadeiras parafusadas

O debate da eleição à Prefeitura de São Paulo que ocorre nesta segunda-feira, 23 de setembro, às 19h, não terá cadeiras parafusadas.

A decisão contrasta com o debate organizado pela RedeTV!, que optou por fixá-las no chão, após a cadeirada do candidato José Luiz Datena (PSDB) no rival Pablo Marçal (PRTB).

“Eles (os candidatos) estarão mais perto uns dos outros em relação a todos os outros debates. As cadeiras estarão bem mais próximas. Tudo isso quer dizer o seguinte: nós viemos aqui para conversar e discutir a cidade. Se vocês quiserem brigar, vão brigar à vontade, porque estarão bem pertinho um do outro”, disse o jornalista Carlos Tramontina, que será o mediador do evento.

A organização do debate desta segunda é do podcast Flow.

Datena desautoriza uso da cadeirada em campanha

O candidato a prefeito de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) afirmou em entrevista nesta segunda-feira, 23 de agosto, que não autorizou o uso da cadeirada no rival Pablo Marçal (PRTB) em inserções eleitorais.

“Se houve [uso político], foi da campanha, não me consultaram, eu não autorizei, porque eu, na realidade, disse que nem queria mais falar sobre esse assunto, é um assunto superado publicamente”, disse Datena ao Globo.

“Não quero fazer uso desse fato em campanha política. Não é um ato de democracia, é um ato de defesa, mas não é um ato de democracia. É uma coisa que não me orgulha, de forma alguma, e eu não aconselho ninguém a fazer isso”, acrescentou.

Duas inserções da campanha tucana na rádio remetem ao episódio, ocorrido no debate da TV Cultura, em 15 de setembro.

Na terça-feira, 17, dois dias depois da cadeirada, uma peça questiona as acusações de Marçal a Datena que antecederam a cadeirada. O candidato do PRTB havia relembrado a denúncia contra o apresentador por assédio sexual.

“Alguém dissesse isso para você na frente de milhões de telespectadores e na frente da sua família”, diz a inserção.

Outra peça, lançada na quinta, 19, relembra a última provocação de Marçal a Datena antes da cadeirada. Relembrando o debate do Uol, ocorrido no início do mês, o candidato do PRTB disse: “Você atravessou o debate outro dia para me dar um tapa, mas nem para isso você é homem”.

A inserção então afirma: “Datena fez o que você pensou”.