Manobra do PT pode fazer CPI do MST acabar sem relatório
A CPI do MST cancelou a sessão de votação do relatório final que estava prevista para hoje (26). A decisão foi tomada após o pedido de vista feito pelo deputado governista Nilto Tatto (PT-SP). Com essa manobra petista, a CPI pode acabar se um relatório...
A CPI do MST cancelou a sessão de votação do relatório final que estava prevista para hoje (26). A decisão foi tomada após o pedido de vista feito pelo deputado governista Nilto Tatto (PT-SP). Com essa manobra petista, a CPI pode acabar se um relatório.
O Antagonista apurou que que o presidente da comissão, Coronel Zucco (Republicanos-RS), está em conversa com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para uma tentativa de prorrogar o prazo até quinta-feira, a fim de cumprir o regimento interno da Câmara e permitir a apreciação do texto elaborado pelo relator, Ricardo Salles (PL-SP), em duas sessões.
Caso Arthur Lira não conceda a extensão, a CPI encerrará suas atividades sem um desfecho.
No no relatório, apresentado por Salles, semana passada, o parlamentar solicita o indiciamento de onze pessoas. Entre elas estão o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias e um dos fundadores do MST, atual líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha.
Após um acordo com governistas e membros do Centrão, o deputado Valmir Assunção (PT) foi retirado da lista de alvos da comissão.
A comissão alega que desde 2009 a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinada ao GSI, tem monitorado as “atividades criminosas” do MST. Por isso, a declaração do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, de que não havia recebido a notificação foi levada em consideração. Durante a CPI, Teixeira afirmou que as invasões de terras foram discutidas em reuniões durante o período em que Gonçalves Dias ocupava o cargo. Por isso, ele é acusado de falso testemunho.
José Rainha, um dos fundadores do MST, também é alvo de um pedido de indiciamento com base em seu depoimento à comissão. Durante o depoimento, ele teria admitido usar uma produtora de alimentos registrada em nome de terceiros. Por essa razão, os membros da CPI alegam que o líder cometeu falsidade ideológica e sonegação fiscal.
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