Mais um cano na CPI das Pirâmides Financeiras
Sócios da empresa de viagens 123milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira não compareceram para depor, na condição de testemunha, nesta terça-feira (29), na CPI das Pirâmides Financeiras...
Sócios da empresa de viagens 123milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira não compareceram para depor, na condição de testemunha, nesta terça-feira (29), na CPI das Pirâmides Financeiras.
O advogado dos empresários enviou um ofício à presidência da CPI para pedir que os depoimentos fossem remarcados. De acordo com a defesa, seus clientes não receberam nenhuma intimação e só foram saber da convocação via internet.
O presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), remarcou os depoimentos dos empresários para o começo da noite de amanhã (30). Caso eles não compareçam, ele avisou que vai pedir condução coercitiva para os depoentes — assim como tinha feito com o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho.
Ribeiro brincou com a situação. “Não sei se eles vão conseguir [viajar] pela 123, mas acredito que não vai ter o problema de passagem para comparecer a esta comissão“. Ronaldinho disse que não conseguiu voo para chegar a Brasília.
Silêncio
Após os sócios da 123milhas serem convocados pelo presidente da comissão, a defesa pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que eles fossem liberados da audiência, mas o pedido foi negado ontem pela ministra Cármen Lúcia.
Apesar de serem obrigados a comparecer, Ramiro e Augusto podem ficar em silêncio se questionados “sobre fatos e atos que possam conduzir a seu comprometimento criminal”, detalhou a ministra na decisão. “Como testemunha, entretanto, não pode eximir-se do dever de dizer a verdade”, destacou Cármem Lúcia.
A 123milha suspendeu no último dia 18 alguns dos pacotes adquiridos por clientes. Foram canceladas as passagens compradas para o período de setembro até dezembro cujos bilhetes ainda não tinham sido emitidos. A empresa informou que vai devolver integralmente os valores pagos pelos clientes com correção monetária, mas apenas por meio de vouchers.
Novo cano
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho já deu o cano duas vezes na CPI. Ele foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a empresa de criptomoedas 18k Ronaldinho, de que supostamente seria sócio. Ribeiro disse que pediu à Polícia Federal para realizar a apreensão de seu passaporte.
Na última quinta-feira (24), o irmão do ex-jogador, Roberto de Assis Pereira, que também havia faltado à primeira convocação, enfim depôs à comissão. Segundo ele, Ronaldinho “não é e nunca foi sócio dessa empresa [18k Ronaldinho], no mesmo sentido, eu não sou e nunca fui sócio da empresa também”.
“Os sócios dessa empresa são os senhores Rhafael Horacio Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino. Aliás, meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios que utilizaram o nome e a imagem [de Ronaldinho Gaúcho] sem autorização“, disse Assis.
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