Mais tempo para investigar Marçal por tentativa de homicídio
A investigação foca em um incidente ocorrido durante uma escalada ao Pico dos Marins, em São Paulo, onde Marçal liderava um grupo
A Justiça concedeu à Polícia Civil mais 90 dias para continuar investigando Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, por tentativa de homicídio privilegiado. A investigação foca em um incidente ocorrido durante uma escalada ao Pico dos Marins, onde o coach liderou um grupo sem as devidas condições de segurança.
O inquérito policial, conduzido pela Polícia Civil de Piquete, interior de São Paulo, foi encaminhado ao Ministério Público. Este solicitou novas diligências, resultando na extensão do prazo de investigação, informou reportagem do O Globo. O foco é a suspeita de que o grupo de 32 pessoas, liderado por Marçal, estava sem equipamentos adequados para a escalada, realizada em condições meteorológicas adversas.
A “escalada” de Pablo Marçal
Durante a escalada, parte do grupo passou mal, necessitando de resgate pelo Corpo de Bombeiros. Informações do portal Metrópoles indicaram que Marçal, na época coach, cobrava R$ 3 mil pelo treinamento na montanha. A escalada ocorreu sob um forte vendaval, tornando a atividade ainda mais perigosa.
Marçal é investigado por tentativa de homicídio privilegiado, um crime cuja penalidade pode ser atenuada se cometido sob fortes emoções.
Em dezembro de 2022, o primeiro inquérito sobre o caso não conseguiu definir claramente a responsabilidade de Marçal, mas o Ministério Público de São Paulo (MPSP) considerou a investigação inicial insuficiente, levando à sua reabertura.
Restrições e Declarações Oficiais
Como medida preventiva, a Justiça proibiu Marçal de realizar atividades em montanhas, picos, rios, lagos, mares ou locais similares sem autorização da Polícia Militar.
A Secretaria de Segurança Pública declarou que o inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, que solicitou novas diligências para garantir a autonomia da investigação.
PF também investiga o coach
Em 2022, Pablo Marçal tentou uma candidatura à presidência pelo PROS, mas o partido decidiu apoiar outro candidato. Sua jornada político-eleitoral continuou com uma candidatura a deputado federal por São Paulo, onde obteve um número expressivo de votos, ultrapassando 243 mil.
Apesar de sua popularidade nas urnas, Marçal enfrentou problemas legai. O registro de sua candidatura foi cassado devido a irregularidades nas campanhas, mais precisamente relacionadas às doações recebidas e administradas. Ele e seu sócio investiram mais de 1,7 milhão de reais, uma situação que chamou a atenção das autoridades judiciais e levou à instauração de investigações pela Polícia Federal.
Em entrevista, Marçal defendeu-se das acusações argumentando que preferia utilizar os serviços e recursos de suas próprias empresas, evitando assim a contratação de terceiros. Essa maneira de gerir as doações gerou suspeitas de um possível esquema de lavagem de dinheiro, o que levou a uma investigação de suas atividades financeiras e eleitorais.
Em meio a esse cenário, as operações da Polícia Federal incluíram buscas em suas residências e locais de negócios.
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