Luta na lama pelo comando do União Brasil
Briga pela presidência do União Brasil envolve ameaças a familiares e denúncias por supostos desvios de recursos
A disputa pelo comando do União Brasil tem sido marcada por uma troca de farpas e ameaças entre o atual presidente, o deputado federal Luciano Bivar (foto, ao centro), e Antônio Rueda, postulante ao cargo e que, teoricamente, detém hoje maioria do partido para assumir a função.
As eleições internas da sigla acontecem nesta quinta-feira, 27.
O líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento, afirmou a parlamentares da bancada durante reunião realizada nesta semana que Bivar teria ameaçado familiares de Rueda. O áudio já se espalhou entre integrantes da sigla.
Nesta quarta-feira, Bivar convocou uma entrevista coletiva para fazer novas acusações a Rueda. Ele promete apresentar denúncias sobre desvios de recursos do União Brasil. Rueda e Bivar eram antigos aliados. O próprio Rueda ganhou espaço na sigla por meio de Luciano Bivar.
Rueda, por sua vez, aguarda os desdobramentos e não descarta ingressar com uma representação criminal contra seu antigo padrinho político.
Segundo integrantes da sigla ouvidos por este site, Bivar enfrenta resistência interna no partido, o que dificulta o diálogo com os membros. Há quem afirme que suas ações são articuladas sob influência do presidente Lula, enquanto outros sugerem que ele age por conta própria.
Já Rueda conseguiu angariar apoio entre os antigos membros do DEM, partido que se fundiu ao PSL para dar origem ao União Brasil. O Bivar era o ‘dono’ do PSL.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou publicamente a liderança de Luciano Bivar, alegando que ele não soube conduzir o partido. Caiado lembrou de um acordo no ano passado, onde ficou estabelecido que Rueda assumiria a presidência, com ACM Neto como vice, durante a fusão dos partidos. Entretanto, Bivar desistiu do acordo e busca manter-se como presidente.
Outro ponto que tem incomodado integrantes da sigla é que Rueda é visto como homem mais próximo ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Isso, por exemplo, o credenciaria a fechar o acordo para endossar a candidatura de Elmar Nascimento à presidência da Casa.
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