Lula tirou Silveira do páreo pelo governo de Minas?
Ministro de Minas e Energia minimiza declaração do petista em apoio à possível candidatura de Rodrigo Pacheco
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Cogitado para o cargo de governador de Minas Gerais, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), minimizou a declaração do presidente Lula (PT) expressando o desejo pessoal de que presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), “seja governador” do estado.
“Achei o presidente, como sempre, lúcido. Ele tem musculatura para eleger o próximo governador de Minas Gerais e, naturalmente escolheu Pacheco para ser nosso candidato: é alguém que tem relevância, profundidade intelectual e liderança”, disse o ministro a O Globo.
Segundo Silveira, o presidente do Congresso Nacional será eleito em 2026.
“Eu fui o primeiro a lançar Pacheco há mais de dois anos e tenho certeza, como diz o hino nacional ‘bom filho não foge a luta’. Ele é muito reflexivo, mas não fugirá da responsabilidade. Ele será governador de Minas para que o estado possa se reestabelecer. Eu ajudarei a coordenar a campanha dele e do presidente Lula.“
A fala de Lula, em apoio a Pacheco, foi recebida por membros do Congresso Nacional como uma confirmação das especulações sobre a ida do presidente do Senado para o comando do Ministério da Justiça, atualmente chefiado pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski.
No governo petista, entende que a presença de Pacheco na pasta reforçaria o capital político para as eleições de 2026.
Para Lula, emplacar a candidatura do atual presidente do Senado para o governo de Minas Gerais pode significar um afastamento do PSD, ligado ao governador Romeu Zema (NOVO), a quem considera um desafeto político.
Reforma ministerial
Como mostramos, a reforma ministerial do governo Lula mira os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Deputados e senadores ouvidos por O Antagonista afirmam que o ministério ofertado a Pacheco foi o da Justiça, atualmente chefiado pelo ex-ministro Supremo, Ricardo Lewandowski. O presidente do Senado já teria entrado em acordo e confirmado o embarque no governo Lula.
“Ele foi aliado do Lula desde o início e o acordo era o STF, após o Dino “roubar” a cadeira, fiquei sabendo que lula irá colocá-lo no ministério da Justiça”, afirmou um senador em caráter reservado.
Entre os membros do Congresso Nacional, no entanto, não há sinais de que Lira tenha fechado negociação com o Executivo.
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