Lula teve mais direito à defesa que presos pelo 8/1, diz Moro
O senador rebateu o petista por dizer que não teve direito à defesa na Lava Jato
O senador Sergio Moro (União-PR) rebateu nesta segunda-feira, 16, o presidente Lula (PT) por dizer, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que não teve direito à defesa na Lava Jato.
Segundo o ex-juiz, o petista teve mais direito à defesa do que as pessoas presas preventivamente pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
“Lula foi desmentido ao vivo na entrevista ao Fantástico. Teve garantido o direito de defesa na Lava Jato e só foi preso após o julgamento. Depois ainda foi beneficiado por reviravolta política. Teve muito mais direito à defesa e presunção de inocência do que qualquer brasileiro jamais teve, inclusive mais do que as pessoas presas preventivamente do 8/1.”
Lula nunca foi preso preventivamente
Como lembrou a deputada Rosangela Moro, esposa do ex-juiz da Lava Jato no X, Lula nunca foi preso preventivamente.
Pelo contrário, o petista foi condenado em três instâncias e apresentou uma série de recursos para evitar a prisão.
Quando foi preso em 2018, no caso da cobertura do Guarujá, houve participação da defesa dele em todas as etapas do processo.
Na época, o Supremo Tribunal Federal entendia que os condenados em segunda instância, como Lula, poderiam ser presos.
O entendimento, contudo, mudou em 2019.
A soltura de Lula
A soltura de Lula ocorreu em 8 de novembro de 2019, 580 dias depois de ser preso.
O petista deixou a cadeia após decisão do juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba.
O magistrado aceitou o pedido de soltura apresentado pela defesa de Lula, depois que o Supremo derrubou a prisão após condenação em segunda instância.
Leia mais: Cinco anos da prisão de Lula
Toffoli anula provas da Lava Jato contra Lula
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli decidiu, em 6 de setembro de 2023, anular todas as provas obtidas contra o presidente Lula na Lava Jato obtidas no acordo de leniência firmado pela Odebrecht.
Toffoli acatou a argumentação da defesa do petista segundo a qual as provas obtidas a partir dos sistemas Drousys e My Web Day B, utilizados pelo departamento de operações da Odebrecht foram produzidas ilegalmente.
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