Lula tenta blindar Haddad após derrotas no Congresso
O movimento do petista vem após o chefe da pasta econômica ver a sua agenda esvaziada no Congresso e da pressão de alas petistas
O presidente Lula (PT) saiu em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira, 13, a quem classificou como “extraordinário”. O movimento do petista vem após o chefe da pasta econômica ver a sua agenda esvaziada no Congresso e da pressão de alas petistas.
“Não tem nada com o Haddad, ele é extraordinário ministro, não sei qual é a pressão contra o Haddad. Todo ministro da Fazenda, desde que eu me conheço por gente, ele vira o centro dos debates, quando a coisa dá certo, quando a coisa não dá certo”, disse Lula.
O ministro passou a ser alvo de críticas após a edição por parte do governo da medida provisória que limitava a compensação de créditos de PIS/Cofins. Após diversos embates, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu parte do texto.
“O Haddad tentou ajudar“
A MP, defendida por Haddad e secretários, alterava regras do PIS/Cofins para elevar receitas e compensar as despesas com a desoneração da folha de pagamentos. Na Suíça, Lula disse que, com a devolução da medida, caberá ao Senado e a empresários encontrar uma alternativa para compensar a desoneração.
“O Haddad tentou ajudar os empresários construindo uma alternativa à desoneração feita para aqueles 17 grupos de empresários. Que nem deveria ter sido o Haddad para assumir essa responsabilidade, mas o Haddad assumiu, fez uma proposta. Os mesmos empresários não quiseram”, disse o petista.
Líderes do Congresso estimam que a compensação da desoneração poderá custar até R$ 17 bilhões aos cofres públicos.
“Agora, a bola não está mais na mão do Haddad. A bola está na mão do Senado e na mão dos empresários. Encontrem uma solução, o Haddad tentou. Não aceitaram, agora encontrem uma solução”, completou Lula.
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