Lula sobre nova política da Meta: “Extremamente grave”
Nova política anunciada por Zuckerberg marca o início de um novo capítulo na crescente desavença entre as plataformas digitais e as decisões da Suprema Corte brasileira
O presidente Lula classificou como “extremamente grave” a decisão da Meta de flexibilizar suas políticas de moderação de conteúdo nas plataformas Facebook, Instagram e Threads.
“Vou fazer uma reunião hoje e eu acho que é extremamente grave [a decisão da Meta]. As pessoas querem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade do cara que comete um crime na imprensa escrita”, afirmou o petista em coletiva com órgãos de imprensa.
E acrescentou: “É como se um cidadão pudesse ser punido porque ele faz uma coisa na vida real e não pudesse ser punido se ele faz a mesma coisa na digital”.
Lula usou discurso focado na alegação de que defende a soberania nacional.“O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha a sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, dois cidadãos, não podem três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação”.
Entrave com o Supremo
A nova política anunciada marca o início de um novo capítulo na crescente desavença entre as plataformas digitais e as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Surprema Corte voltará a julgar a responsabilização das redes sociais pela publicação de conteúdos após o retorno do recesso.
“As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, só contnuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira”, declarou o ministro Alexandre de Moraes.
Meta
Como mostramos, o diretor da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou mudanças no monitoramento de conteúdos nas plataformas Facebook, Instagram e Threads nesta terça, 7.
As alterações visam garantir a liberdade de expressão e evitar ações de censura.
O movimento vai na mesma direção do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e do bilionário Elon Musk, que comprou o Twitter, hoje X.
Zuckerberg se diz preocupado com tendências em outros países contra a liberdade de expressão.
“Nós vamos trabalhar com o presidente Trump para proteger a liberdade de expressão no mundo. Vamos pressionar governos ao redor do mundo que estão perseguindo companhias americanas, obrigando-as a censurar mais“, disse Zuckerberg.
E acrescentou: “Os Estados Unidos têm as proteções constitucionais mais fortes para a liberdade de expressão do mundo. A Europa tem aumentado o número de leis institucionalizando a censura e fazendo com que fique quase impossível fazer algo inovador por lá. Os países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar a remoção de conteúdo de forma silenciosa“, disse.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
Marian
09.01.2025 13:00Vai ser muito lindo ver a defesa de nossa democracia e soberania por nossos dirigentes. Trump, Musk e Zuckerberg devem se precaver.
saul simoes junior
09.01.2025 12:47Que medo é esse? Tem lei para que seja punido wi