Lula sobre Eduardo: “Extremamente necessário cassar o mandato dele”
Em entrevista, o petista disse ter conversado com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, sobre a cassação
O presidente Lula (PT) voltou a defender nesta sexta-feira, 29, a cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos desde fevereiro sob o argumento de que é perseguido.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, o petista disse ter conversado com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a cassação do mandato do parlamentar bolsonarista.
Lula também classificou a cassação como “extremamente necessária”.
“Ele [Eduardo Bolsonaro] não pode exercer o mandato dele. Eu já falei com o presidente Hugo Motta. Já falei com vários deputados de que é extremamente necessário cassar o Eduardo Bolsonaro porque ele vai passar para a história como o maior traidor da história desse país”, disse.
“Ele [Eduardo Bolsonaro] sai do Brasil. Vai para os EUA denunciar o Brasil e ficar mentindo em relação ao Brasil. As acusações que o [Donald] Trump fez ao Brasil para fazer a taxação são todas inverídicas. É extremamente inaceitável a interferência na Suprema Corte brasileira”, acrescentou.
Eduardo pede a Motta para manter mandato
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enviou ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), um pedido para tentar manter o mandato enquanto está nos Estados Unidos.
O filho 03 de Jair Bolsonaro se arrisca a perder o mandato por faltas, já que optou por permanecer nos Estados Unidos, sob o argumento de que é perseguido, e não participa das sessões presencias da Câmara desde fevereiro. O deputado tirou uma licença naquele mês, mas ela terminou em julho.
“Desde o meu primeiro mandato, tenho feito da diplomacia parlamentar um dos focos centrais da minha atuação. Ao longo desses anos, construí uma rede de interlocução internacional que me tornou reconhecidamente o parlamentar brasileiro com maior respeitabilidade no exterior, não apenas nos Estados Unidos, mas também na América Latina, Europa e no Oriente Médio”, diz Eduardo no pedido encaminhado a Motta, divulgado em seu perfil no X.
O deputado alega que permaneceu nos Estados Unidos porque “surgiram notícias de que minha atuação internacional estava incomodando a ponto de se cogitar a cassação de meu passaporte e a imposição de outras medidas restritivas”.
Na verdade, Eduardo aproveitou a demora da Procuradoria Geral da República para responder a um pedido de Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, sobre a apreensão do passaporte. A PGR só se manifestou após o anúncio do autoexílio, para dizer que não via razão para a apreensão, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido do petista.
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