Lula sobre dengue no Brasil: “Cada brasileiro é seu próprio médico”
Presidente usou apelo à população durante anúncio de medidas para conter avanço da doença
O governo federal oficializou um plano de ações, válido até o próximo ano, voltado para o combate à dengue. O projeto é estruturado em seis eixos estratégicos: prevenção, vigilância, controle do vetor, organização da rede de assistência, preparação para emergências e comunicação com participação comunitária.
O presidente Lula, em seu discurso, fez um apelo à participação popular no enfrentamento da doença. “Os mosquitos estão na casa de cada um de nós. Não é só na casa de pessoas pobres, estão nas casas de pessoas com poder aquisitivo melhor. […] Cada brasileiro é o seu próprio médico na questão do cuidado com a dengue”, disparou.
E completou: “Se cada um cumprir com a sua função e não permitir que haja nenhuma possibilidade de os mosquitos ficarem tirando férias no seu quintal, a gente vai ter muito mais condições de combater chikungunya, dengue e tantas outras arboviroses que existem nesse país”.
Segundo o anúncio do Planalto, medidas serão desenvolvidas em parceria com estados e municípios, visando a contenção do avanço da doença e a redução significativa de casos prováveis e mortes relacionadas ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Durante coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que a principal meta do plano é “reduzir os casos prováveis e o número de mortes”. A estratégia conta com uma mobilização nacional, integrando as diferentes esferas do poder público e a sociedade civil para fortalecer as ações de prevenção e resposta rápida em áreas críticas.
Saúde em crise
O presidente Lula enfrenta, além da crise climática, um aumento significativo nos casos endêmicos do país. Nos primeiros meses de 2024, o Brasil registrou aumento alarmante na incidência da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e agosto, o número de casos disparou 300% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde indica 5.360 mortes causadas por dengue em 2024. Além disso, há 1.867 óbitos em análise para determinar se estão relacionados à doença.
O número de casos prováveis já ultrapassa 6,5 milhões, com uma taxa de mortalidade em quadros graves de 5,43%. A letalidade em relação ao total de casos prováveis é de 0,08%.
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