Lula resolveu calar sobre Bolsonaro
O petista ainda não comentou o ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) para a avenida Paulista, em São Paulo, no domingo, 25, nem depois de questionado em coletiva
O presidente Lula (PT) resolveu não falar sobre o ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) para a avenida Paulista, em São Paulo, no domingo, 25.
Embora esteja evitando citar o nome de seu antecessor em entrevistas e eventos do governo, o petista não costuma perder a chance de alfinetá-lo, como fez na presença dos governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, ambos aliados políticos do ex-presidente, e na sexta feira, 23, quando acabou se descrevendo.
Nesta segunda-feira, 26, durante entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, após a apresentação do Programa de Democratização dos Imóveis da União, Lula foi questionado sobre o assunto e preferiu calar.
Lu Aiko Otta, jornalista do Valor Econômico que fez a pergunta, foi vaiada por militantes petistas presentes no evento.
Pouco depois, Lula deixou o evento.
Rui Costa não se cala
Ao contrário de Lula, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, comentou a manifestação organizada por Bolsonaro na avenida Paulista.
Para o ministro, a única surpresa foi a suposta confissão de que havia uma trama golpista para manter Bolsonaro no poder.
“Nenhuma surpresa [com a quantidade de pessoas], foi muito aquém do que os próprios organizadores estavam divulgando que teria de presença. Surpresa nenhuma. A surpresa se refere apenas ao conteúdo da confissão dos crimes praticados”, afirmou o ministro.
“É o que todos, não só nós, acho que o Brasil inteiro, ficaram surpresos de você […] talvez seja a primeira vez na história que pessoas que cometeram atos criminosos chama um evento em praça pública e na multidão confessam o crime e vão além disso, pedem perdão, anistia, pelos crimes cometidos. É alto talvez para ficar registrado na história do Brasil”, acrescentou.
Crédito para as lideranças religiosas
Rui Costa também atribuiu aos líderes religiosos aliados de Bolsonaro o crédito pela quantidade de participantes.
“Todos conhecem e sabem que o país ainda se encontra em um grau de polarização grande e de pregação do ódio e, eventualmente, onde setores religiosos são mobilizados por seus líderes religiosos para pedir anistia a crimes cometidos”, afirmou.
Após ruídos, assessoria de imprensa da Polícia Militar confirmou a O Antagonista, em nota oficial, que a corporação estimou a “presença de 600 mil pessoas na Avenida Paulista no horário de pico” da manifestação de domingo, 25, e mais 150 mil nas adjacências.
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