Lula não é mais o mesmo, confirma pesquisa Quaest
Ao fim do primeiro ano do terceiro mandato de Lula, os brasileiros parecem constatar o que se comenta nos corredores palacianos de Brasília: o petista não é mais o mesmo. Pelo menos na...
Ao fim do primeiro ano do terceiro mandato de Lula, os brasileiros parecem constatar o que se comenta nos corredores palacianos de Brasília: o petista não é mais o mesmo. Pelo menos na comparação com seus dois primeiros mandatos presidenciais.
Para 36% dos eleitores, o terceiro mandato de Lula é pi0r do que os anteriores, indica pesquisa Quaest/Genial divulgada nesta quarta-feira, 20. Outros 29% ainda consideram o atual mandato melhor do que os dois primeiros, mas esse percentual era de 53% em fevereiro e de 35% em junho, o que indica que a tendência é de que ele siga caindo.
Para 32% dos brasileiros, dá na mesma, o atual governo é igual aos anteriores. A pesquisa contou com 2.012 entrevistas face-a-face, tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais e foi feita de 14 a 18 de dezembro.
E os eleitores de Lula?
Mesmo quem votou em Lula no segundo turno em 2022 já recalibrou suas expectativas originais sobre o terceiro mandato do petista. Em fevereiro, 83% consideravam que a terceira gestão era melhor do que as outras duas. O percentual caiu para 61% em junho e, hoje, está em 54%.
Aliado de Lula no passado, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) diagnosticou logo em abril que o petista não era mais o mesmo. “Lula não estava preparado para este momento [da política brasileira]. Por isso que eu acho às vezes que Lula é um presidente frustrado. Um presidente que não tinha o poder que tinha no passado”, analisou o ex-ministro-chefe da Casa Civil.
Lula recuperou neste ano uma série de programas implantados no passado, como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família.
Também reabriu as portas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as empresas amigas, pelas mãos de Aloizio Mercadante, que só pôde assumir o banco por uma decisão liminar do hoje ministro aposentado Ricardo Lewandowski contra as proteções impostas pela Lei das Estatais — o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda vai terminar de julgar o caso.
A tentativa de reviver o passado não parece estar colando para a a maioria dos brasileiros.
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