Em meio a um conflito interno no PT em São Paulo, no qual parte da legenda se mostrou contrária ao repasse de recursos do fundo eleitoral para a candidatura de Guilherme Boulos, o presidente Lula determinou que o partido auxilie financeiramente a chapa encabeçada pelo deputado federal do Psol, publicou a Folha de S.Paulo.

Segundo o jornal, pré-candidatos do PT a vereador na capital paulista querem uma contrapartida pelo fato de o partido não lançar candidato próprio na disputa pela prefeitura de São Paulo, embora a sigla tenha indicado a ex-prefeita Marta Suplicy como vice.

Alegando que o repasse não é uma prática regular da sigla e que ele poderia embaralhar a prestação de contas junto à Justiça Eleitoral, integrantes da cúpula da legenda desaconselharam a contribuição para a campanha de Boulos, forçando Lula a intervir.

Lula entrou no jogo

O chefe do Palácio do Planalto conversou diretamente com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e com a tesoureira, Gleide Andrade, para encontrar uma solução.

Valendo-se da cota reservada às mulheres, o PT deve injetar dinheiro na campanha destinando recursos para a candidatura da vice, Marta Suplicy.

“O medo, contudo, é que outros aliados passem a cobrar o mesmo tipo de colaboração”, diz o jornal.

Fundo eleitoral

O TSE ainda não divulgou o valor exato do fundo eleitoral a que cada partido terá direito, mas a expectativa é que o PT receba 604 milhões de reais, enquanto o Psol fique com 127,8 milhões de reais.

No total, o fundo para as eleições municipais será de 4,96 bilhões de reais.

A bancada paulistana do PT planeja pedir 15 milhões de reais para as campanhas de vereadores, mas as chances de a executiva nacional liberar o montante são remotas, segundo o jornal.

Em 2020, o partido destinou 5 milhões de reais para a campanha dos candidatos a vereador e 6 milhões para a de Jilmar Tatto, na época candidato a prefeito.

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