Lula derrete em 2024
Entre janeiro e março, as avaliações positivas, "ótimas" e "boas", do governo Lula caíram em todas as áreas questionadas pela Atlas Intel
Pesquisa da Atlas Intel divulgada nesta quinta-feira, 7 de março, mostra que a avaliação dos brasileiros sobre o governo Lula caiu em todas as áreas em 2024.
“Vista como uma âncora de sustentação da aprovação do governo, a imagem negativa de Lula superou numericamente sua imagem positiva pela primeira vez desde agosto de 2022”, destacou o instituto.
Hoje, a imagem de Lula é negativa para 49%, enquanto a positiva está em 47%. Em janeiro era positiva para 53% e negativa para 45%.
Segundo o CEO da Atlas Intel, Andrei Roman, o resultado mais importante da pesquisa é esse: “Tradicionalmente, a popularidade pessoal do Lula era a principal âncora da aprovação dos seus governos. Pela 1a vez, o governo passa a ter uma percepção melhor de desempenho do que o presidente”.
Quedas
Entre janeiro e março, as avaliações positivas, “ótimas” e “boas”, caíram de 40% a 28% em “Justiça e combate à corrupção” e de 36% a 24% em segurança pública.
Essas foram as quedas mais vertiginosas.
A derrocada foi de 47% para 38% sobre relações internacionais, de 38% a 30% sobre “Responsabilidade fiscal e controle de gastos”, de 48% a 41% sobre “Direitos Humanos e igualdade racial”, e de 36% a 24% sobre meio ambiente.
Nesse meio tempo, as avaliações negativas, “ruins” e “péssimas”, decolaram. A avaliação negativa sobre segurança pública subiu 14 pontos, de 52% a 66%.
As avaliações negativas sobre “Responsabilidade fiscal e controle de gastos” e “Justiça e combate à corrupção” também estão acima dos 50% incluindo a margem de erro.
Elas chegam a 58% e 55%, respectivamente.
A Atlas Intel entrevistou 3.154 pessoas de todo o Brasil entre 2 e 5 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos, com nível de confiança de 95%.
Inflação
Levantamento do final de fevereiro do instituto de pesquisas Ipespe encomendado pela Febraban apontou que 67% dos brasileiros acreditam que a inflação e os preços “aumentaram” ou “aumentaram muito”.
No último estudo, realizado em dezembro, o índice era de apenas 54%.
Ainda segundo o levantamento divulgado nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, 21% dos entrevistados afirmaram acreditar que a inflação e os preços “ficaram iguais”.
Outros 11% declararam que “diminuíram” ou “diminuíram muito”, enquanto o restante 1% não soube responder.
O resultado da percepção de inflação é o mais pessimista desde abril de 2023, quando também 67% dos entrevistados afirmaram que os preços haviam aumentado ou aumentado muito.
A crença no avanço da inflação é maior entre mulheres e mais jovens.
Dentre elas, 68% acreditam que os preços “aumentaram” ou “aumentaram muito”. Já o índice dos diferentes grupos de faixa etária até 59 anos flutua entre 67% e 69%.
Avaliação negativa
A pesquisa da Atlas Intel reforça a impressão já indicada pelo levantamento da Genial/Quaest, que apontou alta na avaliação negativa do petista após a alusão ao Holocausto para atacar Israel, especialmente ente os evangélicos.
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