Lula defende sanção do PL dos cassinos: “Pobre não vai”
A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora depende de votação do Senado
O presidente Lula (PT) indicou nesta sexta-feira, 21, que pretende sancionar o projeto de lei que libera os jogos de azar no Brasil, como bingo, jogo do bicho e cassinos. A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora depende de votação do Senado.
“Se o Congresso aprovar e for feito acordo, não tem porque não sancionar. Mas não é isso que vai resolver problema do Brasil. Essa promessa de que vai gerar 2 milhões de empregos não é verdade”, disse Lula em entrevista à Rádio Meio FM, de Teresina, no Piauí.
Segundo o petista, os cassinos são frequentados por ricos e o pobre só vai para trabalhar. “Eu não acredito no discurso de que se tiver cassino o pobre vai gastar com cassino. O pobre vai trabalhar no cassino e ele pode até ver a sua cidade se desenvolver. O cassino é uma coisa pra gente que tem dinheiro”, completou Lula.
Apesar de resistência por parte da bancada evangélica, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta semana o projeto sobre a legalização dos cassinos no Brasil. O texto agora depende de votação no plenário da Casa.
A iniciativa autoriza a instalação de cassinos em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer, como hotéis de alto padrão com pelo menos 100 quartos, restaurantes, bares e locais para reuniões e eventos culturais.
O texto prevê a instalação de um cassino em cada estado e no Distrito Federal. Exceções apenas para os estados de São Paulo (três cassinos), Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará (até dois, cada um). Caso seja aprovada, a matéria seguirá para votação em Plenário do Senado.
Os defensores da proposta argumentam que a legalização dos cassinos pode fomentar o turismo e gerar uma nova fonte de arrecadação tributária para o país. Segundo o senador Irajá de Abreu (PSD-TO), relator da matéria, estima-se que o mercado de jogos de azar poderia ter movimentado entre R$ 14,34 bilhões a R$ 31,5 bilhões em 2023.
“Cada unidade da federação terá a oportunidade de abrigar ao menos um resort integrado, permitindo que o capital turístico se espalhe de maneira uniforme e justa por todo o país. É preciso que tenhamos consciência de todo o impacto positivo dessa proposta e de que, acima de tudo, daremos um passo significativo rumo à modernização e à transparência do nosso sistema de jogos, diversão e lazer”, defendeu o relator.
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