Lindôra critica ‘pescaria’ de Moraes
Lindôra Araújo (foto) criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência...
Lindôra Araújo (f0to) criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
Segundo documento obtido pela Veja, a vice-procuradora-geral da República afirmou que o magistrado autorizou procedimentos ilegais, decretou prisões sem fundamento e tentou promover a “pesca probatória”, diligência autorizada sem um fato que a justifique para colher provas.
Para a vice-procuradora, não havia nenhuma justificativa plausível para a prisão preventiva de Mauro Cid, Max Moura e Sérgio Cordeiro, outros dois ex-auxiliares de Bolsonaro envolvidos na suposta falsificação de cartões de vacinação.
“Os elementos apontados são por demais incipientes a recomendar quaisquer diligências ou medidas em face dos investigados, sob pena de se validar a pesca probatória, à semelhança de outras investigações em curso no âmbito do Supremo Tribunal Federal”, escreveu Lindôra.
A vice-procuradora disse ainda que Moraes inflou o caso com episódios estranhos ao processo para “criar um link com a prática de delitos financeiros, envolvendo o círculo social de parentes do ex-chefe do Poder Executivo”, citando reportagem sobre o pagamento de despesas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro por Mauro Cid.
As mensagens encontradas no celular do tenente-coronel se resumem a “mero diálogo entre pessoas comuns, desprovidas de conhecimento jurídico ou político suficiente para arquitetar um golpe de Estado”, acrescentou Lindôra.
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