Lewandowski já devolveu mandato a Domingos Brazão
O novo ministro da Justiça de Lula, Ricardo Lewandowski (foto), já devolveu o mandato legislativo de Domingos Brazão,...
O novo ministro da Justiça de Lula, Ricardo Lewandowski (foto), já devolveu o mandato legislativo de Domingos Brazão, suspeito de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco (PSOL).
Mais cedo nesta terça, 23 de janeiro, vazou na imprensa a delação não-homologada do miliciano Ronnie Lessa, principal suspeito de ser autor dos disparos, apontando Brazão como mandante do crime.
Brazão, que foi deputado estadual no Rio de Janeiro e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral em 2011.
Ele fora denunciado por captação ilícita de voto e conduta vedada a agente público durante a campanha eleitoral de 2010.
A cassação se concluiu apenas em outubro daquele ano.
Alguns meses antes, em julho, o Lewandowski, então ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, concedeu liminar mantendo mandato de Brazão, alegando que a Lei da Ficha Limpa não se aplicava às eleições de 2010.
Quem mandou matar Marielle havia sido preso pela Lava Jato?
Blogs petistas afirmam que o agora delator Ronnie Lessa apontou Domingos Brazão como mandante dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (na foto, em painel de homenagem na Câmara dos Deputados) e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em 14 de março de 2018 com a participação do miliciano. São os mesmos blogs petistas que demonizam a Lava Jato, que chegou a prender Brazão cerca de um ano antes, em 29 de março de 2017, durante a Operação Quinto do Ouro, desdobramento da força-tarefa anticorrupção no Rio de Janeiro.
Vereador, deputado estadual por cinco mandatos consecutivos (1999-2015) e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) eleito em 2015 pela maioria dos pares na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj), ele foi alvo de mandado de prisão temporária, junto a quatro outros conselheiros, no âmbito de investigação de fraude e corrupção no tribunal. A operação teve como base a delação premiada de Jonas Lopes, ex-presidente do TCE, e também atingiu o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente da Alerj Jorge Picciani.
Os conselheiros foram acusados de receber propinas em troca de vista grossa sobre desvios em obras no estado. As vantagens indevidas incluíam uma mesada de 70 mil reais para cada um, que seria paga pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor).
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