Letícia Barros na Crusoé: A redação do Enem sob a ótica de uma liberal
Em sua coluna desta semana para a Crusoé, Letícia Barros traz uma análise sobre o Enen e o tema da redação da prova. Segundo ela, "o exame veio manifestamente enviesado e ideológico, expondo a dura realidade da educação no Brasil."
Em sua coluna desta semana para a Crusoé, Letícia Barros traz uma análise sobre o Enen e o tema da redação da prova. Segundo ela, “o exame veio manifestamente enviesado e ideológico, expondo a dura realidade da educação no Brasil.”
No último domingo, foi aplicada a primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que conteve as matérias de linguagens, ciências humanas e redação. Neste primeiro ano do governo Lula 3, o exame veio manifestamente enviesado e ideológico, expondo a dura realidade da educação no Brasil. A redação trouxe o tema “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, um tema importante e que nos faz ter certeza sobre o tipo de solução que a banca espera dos alunos: leis estatais ineficientes de proteção à mulher.
Nesse sentido, o trabalho de cuidado seria todo o trabalho de assistência e apoio que a mulher tradicionalmente presta a outras pessoas, sejam elas filhos, pais, pessoas com deficiência e assim por diante – com foco, também, no trabalho doméstico, que, por si só, tem a essência de cuidado do lar. A partir do tema, entende-se que esse trabalho é invisível e isso constitui um problema, demandando uma solução. Nesse ponto, o que eu sugiro nesse texto é uma reflexão sobre os aspectos desse trabalho de cuidado e sobre como podemos solucionar os eventuais problemas que podem surgir a partir dele.
O que o tema implicitamente propõe é que a mulher tem uma dupla jornada de trabalho: o trabalho de onde ela tira a sua renda e o trabalho de cuidado com a casa e a família. Assim, o resultado disso é uma mulher exausta, que não tem tempo para si mesma e está sempre colocando o cuidado de outrem à frente do seu autocuidado. Não precisa de muito para identificar que isso é a realidade de muitas mulheres: basta participar de uma roda de conversa de amigas, de mães, da igreja, do trabalho. Sempre terá uma mulher a iniciar um desabafo sobre a sua exaustão em tentar “conciliar tudo”.
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