Leonardo Barreto na Crusoé: “O quanto Lira pode se humilhar?”
Um sábio de alto de morro sempre dizia a quem o procurava para saber qual era o segredo do sucesso político: “olha, não tem problema a gente se humilhar de vez em quando, desde que seja só um pouquinho...”
Um sábio de alto de morro sempre dizia a quem o procurava para saber qual era o segredo do sucesso político: “olha, não tem problema a gente se humilhar de vez em quando, desde que seja só um pouquinho…”. Nos últimos dias, o conselho do velho tem sido lembrado com frequência nas mesas de restaurantes em Brasília sempre que a reforma ministerial vira assunto. Afinal, qual o limite de Arthur Lira diante da interminável procrastinação de Lula para levar à cabo a reforma ministerial?
Convenha-se, abrigar dois partidos importantes em uma Esplanada com 37 pastas não deve ser um desafio assim tão grande. Qual o verdadeiro motivo da demora? E por que a procrastinação de Lula coloca Lira diante de um dilema?
A chave está nas circunstâncias da aproximação de Lira do governo. Com uma investigação criminal chegando no seu entorno e tendo pedidos de abertura de inquérito tramitando contra si no STF, o presidente da Câmara tinha (e ainda tem) incentivos suficientes para buscar proteção política. O trade-off, aparentemente irresistível para o governo, é trocar apoio na Câmara por prestígio político e proteção depois que ele deixar a cadeira de presidente dos deputados.
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