Lava Jato diz que é infundada a acusação de que vazou dados sigilosos sobre Venezuela
A Lava Jato acaba de soltar nota oficial para dizer que é infundada a acusação de que a força-tarefa teria vazado informações sigilosas sobre atos de corrupção na Venezuela. Leiam: “A força-tarefa da operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba não reconhece as...
A Lava Jato acaba de soltar nota oficial para dizer que é infundada a acusação de que a força-tarefa teria vazado informações sigilosas sobre atos de corrupção na Venezuela.
Leiam:
“A força-tarefa da operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas a seus integrantes nas últimas semanas. O material é oriundo de crime cibernético e não pode ter seu contexto e veracidade confirmados.
Os integrantes da força-tarefa pautam suas ações pessoais e profissionais pela ética e pela legalidade e é infundada a acusação de que a força-tarefa teria vazado informações sigilosas. Isso pode ser verificado pelos seguintes fatos:
1) Os vídeos publicados pela ex-procuradora-geral venezuelana Luísa Ortega, que teriam sido vazados em agosto de 2017, foram entregues por colaboradores da Odebrecht ao Supremo Tribunal Federal (STF). Naquela época, o material sequer havia sido remetido pelo STF à força-tarefa de Curitiba.
2) Os procuradores da força-tarefa não tiveram contato com a ex-procuradora-geral venezuelana Luísa Ortega quando ela veio ao Brasil, em agosto de 2017.
3) Para tornar o material público, bastaria que seu sigilo não fosse prorrogado em maio de 2017. Naquele mês, a força-tarefa defendeu junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), com a concordância do então secretário de Cooperação Internacional Vladimir Aras, a prorrogação do sigilo, o que resultou na Petição 6977 ao STF.
4) O próprio MPF requisitou, em dezembro de 2017, a instauração de inquérito para investigar o vazamento.
5) O veículo provavelmente se valeu de diálogos editados ou falsos, pois o procurador regional da República Vladimir Aras sequer participava do grupo de discussão da força-tarefa, ao contrário do que diz a reportagem, ressaltando-se que ele sempre diligenciou para manter o sigilo de milhares de documentos que tramitaram na unidade de cooperação internacional do MPF.
6) As supostas mensagens que a reportagem apresenta como verdadeiras apontam a constante preocupação com o sigilo, inclusive em data posterior àquela das mensagens que embasam a acusação de vazamento.
7) Inúmeros dados reforçam a independência da atuação da força-tarefa em relação ao Judiciário, como o número de recursos apresentados, de absolvições e de pedidos indeferidos.”
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