O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Klepter Rosa Gonçalves, negou que Anderson Torres tenha expressado “desejo de morte e ideação suicida” durante o período em que se encontra preso no 4º Batalhão da PMDF. O ofício encaminhado ao ministro do STF Alexandre de Moraes nesta terça-feira (2) também diz que não é necessária a internação do ex-secretário de Segurança em hospital penitenciário.

“Seu humor encontra-se hipotímico e ansioso, com labilidade emocional constante, principalmente ao falar da família. Refere crises de ansiedade diárias, mas nega desejo de morte e ideação suicida[…]. No momento, não considero necessária a transferência para hospital penitenciário, mas reitero que o caso exige acompanhamento frequente”, escreveu o psiquiatra Bruno Brunelli, que afirmou ter atendido Anderson no dia 30, em laudo anexado aos documentos enviados ao STF.

O documento do comando da PMDF vai na contramão da linha da defesa de Anderson, que vem tentando a sua liberdade provisória junto ao Supremo alegando que o estado emocional do ex-secretário de Segurança vem se deteriorando e aumentando a possibilidade de suicídio.

“[…]A partir de relato fornecido pelo ST. Dirceu Bueno, tiveram conhecimento de que o paciente, em 25/04/2023 – por volta das 15:00, […] apresentou sintomas de alteração emocional, em aparente crise de ansiedade, chorando de forma compulsiva, relatando enorme saudade de seus familiares, em especial de suas filhas, expondo palavras e ideias sem nexo, e expôs seu desânimo com a manutenção de sua vida“, afirmou a defesa de Torres no pedido de liberdade protocolado nesta quarta-feira (26) e negado pelo STF.