La Niña chega ao fim, veja o que muda no Brasil
Entenda o fenômeno La Niña, suas características e impactos no clima brasileiro, e como ele afeta as regiões Norte, Nordeste e Centro-Sul do país.
O fenômeno climático La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, especificamente nas regiões Central e Leste. Esse resfriamento deve ser de pelo menos 0,5°C para que o fenômeno seja considerado ativo. La Niña ocorre em intervalos de três a cinco anos, influenciando significativamente os padrões climáticos em várias partes do mundo.
Recentemente, observou-se que as temperaturas do mar no Pacífico, que estavam abaixo da média, retornaram a níveis normais. A expectativa é que essa neutralidade persista até o verão do Hemisfério Norte, com uma probabilidade superior a 50% de manutenção entre agosto e outubro.
Como o fim do La Niña afeta o clima no Brasil?
No Brasil, o término do La Niña pode alterar a distribuição das chuvas. Durante o fenômeno, o Norte e o Nordeste do país tendem a receber mais precipitações, enquanto o Centro-Sul experimenta períodos de seca e chuvas irregulares. O Sul do Brasil, por sua vez, geralmente enfrenta condições mais secas e está sujeito a variações térmicas devido à entrada de massas de ar frio.
Com o enfraquecimento do La Niña, espera-se que esses padrões climáticos se tornem menos previsíveis, resultando em um clima mais instável. Isso pode levar a uma alternância mais frequente entre períodos de chuva e seca no Sul, enquanto o Norte e o Nordeste podem começar a ver uma redução nas chuvas.
La Niña: um fenômeno de curta duração?
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) havia previsto que o La Niña seria de curta duração e menos intenso. As previsões indicavam uma alta probabilidade de retorno a condições neutras entre março e junho. Embora eventos como La Niña e El Niño tenham impactos diretos, as mudanças climáticas causadas por atividades humanas são um fator crescente na alteração dos padrões climáticos globais.
As temperaturas da superfície do mar estão previstas para permanecer acima da média em vários oceanos, o que pode continuar a influenciar as condições climáticas em terra.
El Niño e La Niña: diferenças e impactos
O El Niño é a contraparte do La Niña e representa a fase quente do fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS). Durante o El Niño, o Brasil experimenta verões mais quentes e invernos menos rigorosos, devido à dificuldade no avanço de frentes frias. Este fenômeno geralmente resulta em secas no Norte e Nordeste e chuvas excessivas no Sul e Sudeste.
Embora o último inverno tenha sido influenciado pelo El Niño, atualmente observa-se um resfriamento das águas do Pacífico, indicando a presença do La Niña. A compreensão desses fenômenos é crucial para prever e mitigar os impactos climáticos em diversas regiões.
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