Kataguiri pede R$ 80 mil da União por espionagem da “Abin paralela”
Deputado do União Brasil está entre os alvos do suposta espionagem da agência durante o governo Jair Bolsonaro
Apontado como um dos alvos do esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), apelidado de Abin Paralela, o deputado Kim Kataguiri (União-SP) entrou com ação contra a União na qual cobra R$ 80 mil por danos morais por ter sido monitorado pela agência durante o governo Jair Bolsonaro.
Os advogados alegam que Kataguiri foi vítima de uma “operação caça podre” por funcionários públicos e alegam que a União tem responsabilidade sobre os atos dessas pessoas.
“Trata-se de um esquema ilícito de captação e manipulação de dados, com o fim de prejudicar opositores do então presidente Bolsonaro. Não está claro, ainda, qual é o tamanho da violação de dados e da privacidade das pessoas prejudicadas. Os fatos estão sendo investigados no âmbito do STF”, diz trecho da petição.
Segundo a Polícia Federal, o militar Giancarlo Gomes Rodrigues pediu que a Abin fizesse uma “caça aos podres” do parlamentar.
“A confirmação de que eu estava sendo investigado pela Abin Paralela, primeiro me deixa feliz de saber que eles investigaram minha vida toda e também dos meus assessores e não encontraram absolutamente nada que pudesse utilizar contra mim”, afirmou Kataguiri.
Saiba quem foi monitorado pela ‘Abin Paralela’
Segundo a PF, foram monitoradas as seguintes autoridades, servidores e profissionais de comunicação:
Poder Judiciário: ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux
Poder Legislativo: o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia, que foi presidente da Câmara, Joice Hasselmann e Jean Wyllys (PSOL). E os senadores: Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que integravam a CPI da Covid no Senado.
Poder Executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo; os servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; os auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
Profissionais de comunicação: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
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