Kassab contra o impeachment (por enquanto)
Gilberto Kassab, presidente do PSD, disse hoje que um novo impeachment no Brasil poderia transmitir a imagem de que o país "não respeita" o voto popular...
Gilberto Kassab, presidente do PSD, disse hoje que um novo impeachment no Brasil poderia transmitir a imagem de que o país “não respeita” o voto popular.
O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro disse que, por enquanto, não apoia o afastamento de Bolsonaro.
“Tenho esperança de que isso não aconteça. Daqui a pouco, o Brasil não vai mais respeitar o voto. Como brasileiro, tenho esperança e trabalho para que isso não aconteça. No que pudermos ajudar para o governo entender que é preciso mudar, conte comigo”, afirmou Kassab ao UOL.
À frente de um dos partidos do Centrão, Kassab fez, no entanto, a ponderação de que o governo Bolsonaro “tem seus limites” — e não poderá ser sustentado caso ultrapasse esses limites.
“Todo governo tem seus limites. Ninguém segura um governo quando ele ultrapassa esses limites. Ninguém segura partido, povo nas ruas, liberdade de imprensa… Portanto, o governo, se ultrapassar os limites…”, prosseguiu.
“Ele [Bolsonaro] cometeu vários equívocos. É questão política que é feita no dia a dia, é o sentimento de que o limite foi ultrapassado. Estamos na fase de condenar os equívocos, e estão sendo condenados, mas tentar sensibilizar o governo de que ele precisa melhorar sua maneira de agir.”
Kassab é aquele que comanda um partido que não é “nem de esquerda, nem de direita, nem de centro”, segundo suas próprias palavras.
Ele foi ministro das Cidades de Dilma Rousseff e, após a queda da petista, assumiu o Ministério de Ciência e Tecnologia do governo de Michel Temer.
Essa posição de Kassab contrária ao impeachment é altamente volúvel. O mesmo vale para todo o Centrão.
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